
Uma biografia sobre os dias que Juan Carlos está a viver no exílio nos Emirados Árabes Unidos revela que está de costas voltadas como o filho, o rei Felipe. O rei emérito conta ainda como é a sua vida numa das ilhas artificiais, onde é acompanhado em permanência por 4 guarda-costas e um casal filipino, que cuida dele. O livro 'Mon roí dechu' (Meu rei deposto), que vai ser publicado em França, escrito por Laurence Debray, que pai e filho estão zangados e que não houve se quer um telefonema quando Juan Carlos celebrou 83 anos, no passado dia 5 de janeiro. Contudo, Juan Carlos desmente esta parte do livro e assegura ao 'El Mundo' que houve um telefonema do filho para o pai. Mas o rei emérito atribui esse erro a uma "má interpretação" da autora.
"Sente-se sozinho?" 'Tenho bons amigos aqui', respondeu o Juan Carlos, citado no livro. "Vai voltar em breve?" 'Não faço ideia. Alguns estão muito felizes por eu me ter vindo embora'. Juan Carlos assume que Portugal era o seu primeiro destino, local onde viveu quando era mais jovem. "Era perto demais. Pediram-me que fosse para mais longe", relata. "Aqui não estou a incomodar a coroa", acrescentou.
O pai de Felipe VI vive num ilha artificial, a 20 minutos de barco de Abu Dhabi. Apesar de estar afastado de Espanha, Juan Carlos assiste no tablet à missa que se celebra no Palácio da Zarzuela. No livro, é relatado que Juan Carlos levanta-se cedo, todos os às 7 da manhã, faz ginástica e lê os jornais espanhóis no telemóvel. Às vezes vai à piscina.
E o que tem mais saudades de Espanha? Juan Carlos diz que o que mais falta tem do seu país é a comida, embora receba muitas vezes presesunto serrano, que um amigo lhe leva.