
O estado de saúde de Juan Carlos I, de 86 anos, é cada vez mais frágil. As viagens a Espanha e à Suíça para se submeter a tratamentos médicos sucedem-se com maior frequência. A infanta Elena, que é dos três filhos a que está mais próxima do pai, já alertou para os perigos que as sucessivas viagens aéreas representam para o bem-estar do rei emérito.
Vem isto a propósito da vontade de Juan Carlos se sentar com o filho e ter com ele uma conversa bem séria. O emérito está cansado de ser hóspede do amigo Pedro Campos, em cuja casa, em Sanxenxo, se costuma alojar quando viaja para Espanha. O pai de Felipe VI está ansioso para regressar a "casa" e ter um lugar só seu sem ter de andar a pedir favores aos amigos.
É certo que as suas idas e vindas a Espanha começam a ser normalizadas, mas o antigo rei quer oficialmente deixar de ser um exilado avança o site 'Monarquia Confidencial'. "Juan Carlos I não dará um passo sem a autorização de Felipe. O emérito não quer prejudicar o seu filho nem a sua neta, Leonor de Borbón", garantem algumas fontes ao referido site.
É certo que a relação institucional entre Juan Carlos e o palácio está melhor, tal como a relação com Felipe, ainda assim este evita ter um encontro a sós e mais prolongado com o pai. Teme que ele - nessa conversa a dois - lhe faça o pedido olhos nos olhos e que ele, Felipe VI, não consiga recusar essa vontade ao pai.