
As polémicas não param em redor das estrelas do futebol. Depois de Ronaldo ser acusado de violação e ter enfrentado as acusações de evasão fiscal em Espanha. Agora é Lionel Messi, o craque do Barcelona, voltar às parangonas das notícias com novas acusações de crime financeiro.
Messi, de 31 anos de idade, já tinha estado sob os holofotes da Justiça e foi mesmo condenado a 21 meses de pena suspensa pelo Supremo Tribunal de Justiça espanhol. Há cerca de ano e meio, o jogador argentino e o pai foram condenados por crimes fiscais. O atacante recorreu, mas o tribunal considerou que ambos cometeram fraudes em declarações às Finanças sobre receitas com direitos de imagem do jogador. O valor ocultado seria de € 4,1 milhões, que foram desviados para paraísos fiscais. A sentença foi de 21 meses de prisão, mais uma multa de 2 milhões de euros.
Ano e meio depois, surgem novas acusações que envolvem o futebolista do Barcelona, desta feita por lavagem de dinheiro através da fundação de Messi. Segundo avança o 'CM', através da Efe, um promotor de Justiça argentino acusou na sexa-feira, dia 2, o jogador e o seu pai, por supostamente lavarem dinheiro através da fundação do jogador.
Segundo adianta a Efe, Pablo Turano, promotor da divisão de crime económico, está a investigar a Fundação Leo Messi por não declarar as doações milionárias que recebia e que teriam sido desviadas para sociedades em paraísos fiscais, uma acusação que vai obrigar ambos os responsáveis a prestar declarações em Buenos Aires em data a anunciar.
Esta acusação chega depois de um ex-colaborador da fundação de Messi ter sido ouvido na quarta-feira e ter dito que parte das doações recebidas não eram refletidas nas contas e eram desviadas para estruturas opacas em países terceiros. O antigo funcionário começou a desconfiar deste esquema porque, segundo relatou, apesar da fundação do astro argentino receber doações significativas, Jorge Messi (pai de Lionel) alegava sempre que não havia fundos para levar a cabo os programas sociais da entidade, de acordo com a versão narrada à Efe por Pedro Fontanetto, advogado deste ex-trabalhador.
A Fundação Leo Messi foi criada em 2007 devido à intenção do jogador de "criar novas oportunidades para realizar os sonhos de crianças de todo o mundo" e é definida no seu 'site' como uma entidade sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento de ações de solidariedade e responsabilidade social, tanto na República Argentina como no mundo.