
A relação entre Letizia e o sogro Juan Carlos foi tensa desde o primeiro momento que a antiga jornalista entrou no Palácio da Zarzuela. O facto de Felipe ter escolhido para sua mulher alguém que vinha de um meio humilde, sem sangue aristocrático afrontou o então rei Juan Carlos e Doña Sofia que queriam mais para o filho.
De acordo com a imprensa espanhola, as especulações de uma guerra entre os dois esteve sempre muito presente com a alegação de haver uma campanha de difamação orquestrada pela própria família real. "Foi acusada de tudo: de ser uma mulher frívola, interessada apenas em moda e operações de cosmética, de tratar mal a sogra, de se dar mal com as cunhadas, de ter problemas de anorexia, de não educar bem as filhas... Para não falar da família dela! Para não falar da família dele! Quanto mais lamentáveis eram as aparições públicas de D. Juan Carlos, mais aumentavam as críticas a Letizia", descreveu a especialista em realeza Pilar Eyre no 'Lecturas'.
Juan Carlos temia que a jornalista, que tinha acabado de chegar ao seio da família, pudesse divulgar informações confidenciais ou até segredos mais tenebrosos. Entre o seu círculo mais próximo, o agora rei emérito comentava que Letizia não era suficiente e que até se envergonhava pelo facto de Felipe se ter apaixonado pela neta de um taxista, uma desconhecida sem apelido de peso, divorciada e com passado republicano.
O desprezo do rei pela nora era tão grande que Juan Carlos tinha uma alcunha pouco simpática para referir-se a Letizia. De acordo com o livro 'Damas de Espanha: Sofía, Elena, Letizia e Cristina, entre o amor e o dever', o pai de Felipe VI terá chamado a Letizia "o inimigo cá dentro", qualquer coisa como "o cavalo de Troia", escreve o 'The List' britânico.