
Ninguém estava à espera desta decisão tão radical da infanta Sofia. Embora ainda muito jovem, pois tem apenas 16 anos, já sabe muito bem o que quer e o que não quer. E, começando pelo que não quer, é ser a sombra da irmã, a princesa Leonor, que, um dia, herdará o trono e será rainha de Espanha.
Sofia está determinada a não ter o mesmo papel que cabe às suas tias, as infantas Elena e Cristina, irmãs do seu pai, o rei Felipe VI. Aos poucos, e sobretudo desde que deixou Madrid para ir estudar para o País de Gales, a filha mais nova dos reis têm-se afastado de todos os compromissos oficiais e do seu papel institucional.
A infanta sabe que lhe é impossível cortar de vez com a coroa, pois nunca conseguirá eliminar o seu apelido nem fazer esquecer a sua linhagem real, mas, ainda assim, já fez saber ao pai que está decidida a manter uma vida discreta, longe das luzes da ribalta, onde sempre aparecerá como sombra da irmã mais velha.
Felipe VI não vê com bons olhos esta decisão, mas não lhe resta mais nada do que respeitar a vontade de Sofia. Percebe que a filha tem direito a ter uma vida própria e não a pode sacrificar a bem da monarquia. Para isso, já basta os sacrifícios que Leonor, a herdeira do trono, terá de fazer ao longo de toda a sua vida.