
A rainha Isabel II manteve um diário toda a sua vida e soube-se agora, mais de dois anos após a sua morte, aos 96 anos, quais foram as últimas palavras que anotou.
De acordo com a nova biografia de Carlos III, da autoria de Robert Hardman, a monarca fez questão de apontar "O Eduardo veio visitar-me", referindo-se ao filho mais novo.
"A sua última entrada, tão factual e prática como sempre", escreve Hardman.
A existência deste valioso diário já era do conhecimento público. Isabel II chegou a falar sobre o caderno, em declarações ao jornalista e biógrafo real Kenneth Rose.
"Não tenho tempo para registar conversas, apenas eventos", afirmara.
No mês passado, também foi revelada uma das últimas conversas de Isabel II com a filha, a princesa Ana, que esteve com a mãe nos seus últimos momentos de vida.
Foi a própria princesa que revelou que, sentindo que estava nos seus últimos momentos, a rainha mostrou-se preocupada com o local da sua morte, receando que morrer na Escócia podia constituir um problema logístico para o resto da família.
"Tentámos convencê-la que isso não era uma questão relevante. Espero que ela tenha percebido que não havia problema, porque para nós não houve", contou Ana no documentário sobre a coroação de Carlos III.