
O rapper e empresário Sean 'Diddy' Combs foi considerado culpado de dois crimes de transporte para fins de prostituição. O produtor musical foi declarado inocente das acusações de conspiração para associação criminosa e de tráfico sexual. Os procuradores pediam uma pena até 15 anos de prisão, mas esta condenação tem pena máxima de dez anos de prisão efetiva.
O veredicto demorou 13 horas a ser tomado e foi uma decisão unânime dos 12 júris. Após ouvir o veredicto, Combs juntou as mãos em posição de oração e cumprimentou o seu advogado. O músico foi condenado por ter pagado viagens a mulheres e a trabalhadores ligados à prostituição masculina para terem relações sexuais.
Os procuradores defenderam que Combs coagia mulheres a participar nas suas festas sexuais onde eram cometidos atos abusivos envolvendo profissionais do mundo da prostituição que eram por si contratados. Garantia que essas mesmas mulheres consumiam drogas como cocaína e manipulava-as ameaçando as suas carreiras ou através de chantagem com recurso a violência, que podia incluir sequestro, incêndio criminoso e espancamentos.
Nas alegações finais a procuradora-assistente Christy Slavik reforçou que o cantor "é o líder de uma organização criminosa": "Ele não aceita um não como resposta". Já o advogado de defesa, Marc Agnifilo, retratou Diddy como uma vítima de procuradores excessivamente zelosos que "exageraram muito" o seu estilo de vida e consumo de drogas, que considera "recriativo" para levarem a cabo um "julgamento falso". "Ele não é nada disso. Ele é inocente. Ele está ali, inocente. Devolvam-no à família que o espera", pediu nas alegações finais.