Brigitte Bardot uma das atrizes mais talentosas e sensuais dos finais da década de 50 e inícios da de 60. Ela, que foi o verdadeiro símbolo de liberdade e emancipação feminina, retirou-se no auge da fama e desde então vive numa espécie de clausura na zona de Saint-Tropez e tem dedicado os seus dias à luta dos direitos dos animais.
Chegada aos 91 anos, a saúde começa a dar sinais de fragilidade. Acaba de passar por mais internamento - em outubro foi hospitalizada de urgência para grande preocupação dos fãs no mundo inteiro - e a sua fundação garante que a antiga atriz e ativista está a recuperar bem. "A ideia da morte horroriza-me. Não sei o que pensar. Será que algum dia voltarei a encontrar todos os seres e animais que conheci na vida?", questionou Bardot há uns anos por altura da promoção do seu livro de memórias.
Brigitte Bardot, que nunca mostrou vontade de ser mãe, teve apenas um filho, Nicolás, nascido em 1960, fruto do seu segundo casamento com Jacques Charrier. Uma criança que ela não queria, cujo parto a traumatizou e da qual ela não teve a custódia. "Tive um filho, mas não podemos dizer que esse filho, coitado, tenha vindo na hora certa e me tenha trazido o que me faltava", admitiu a diva numa rara entrevista em 2021. De facto, a criança cresceu com o pai e nunca foi próximo da mãe.
Parece que Nicolas-Jacques Charrier, de 65 anos, herdou uma característica da mãe: uma grande discrição. Vive na Noruega com a mulher, a antiga manequim Anne-Line Bjerkan, mãe das suas duas filhas Thea (34) e Anna Charrier (39). Mãe e filho continuam a manter uma relação fria e distante, praticamente inexistente. "Ele [o filho] vive na Noruega com a família. Vem visitar-me uma vez por ano. Acho que finalmente entendeu que sou uma mãe muito estranha”, disse Bardot com um toque de tristeza.
Brigitte Bardot admitiu na sua autobiografia que não sabia nem nunca soube como criar o filho. "Faltava-me muito apoio, faltavam-me pais, pessoas que me ajudassem a viver, não tinha isso", admitiu a antiga diva do cinema francês ao 'Le Parisien', recordando ter querido acabar com a sua vida várias vezes "Eu teria preferido dar à luz um cachorrinho", escreveu a atriz no livro em que relata o seu percurso de vida e onde acaba por comparar a sua gravidez a "um tumor".
Essa relação distante alastra-se também ao resto da família: "Sou bisavó de três bisnetos que têm nacionalidade norueguesa e não falam francês. Os contactos são difíceis... raramente os vejo", assumiu ainda a eterna 'BB'.