
Alva Johnson sentiu-se "violada" quando Donald Trump aproveitou um momento a sós com ela "para lhe segurar na mão e não mais a soltar" e para lhe dar um "beijo forçado" no "canto da boca".
Os acontecimentos remontam a 24 de agosto de 2016, durante a campanha eleitoral para as presidenciais norte-americanas. Alva era então diretora de divulgação e coligações da campanha de Donald Trump. O então candidato esteve com alguns membros do staff antes de um comício em Tampa. Segundo a acusação, terá aproveitado um momento a sós com Alva Johnson, 43 anos de idade, para avançar.
"Senti-me imediatamente violada porque não queria que tivesse acontecido e porque não estava à espera de que acontecesse", referiu Alva Johnson, citada pelo 'Washington Post'. Nesse mesmo dia, a antiga funcionária contou o episódio ao namorado, à mãe e ao padrasto.
Alva apenas não avançou para a justiça porque, na altura, estaria sujeita a um pacto de confidencialidade que fora obrigada a assinar quando entrou para a campanha de Trump. Dois anos e meio depois, a ex-funcionária interpôs um processo federal – segunda-feira, 25 de fevereiro –, no estado da Florida.
"O beijo forçado e indesejado foi profundamente ofensivo", garantem os advogados de Alva Johnson, acrescentando que este ato provocou "sofrimento emocional, trauma psicológico, humilhação, constrangimento, perda de dignidade, invasão de privacidade e outros danos" à sua cliente.
A Casa Branca já veio desmentir a acusação, através da porta-voz Sarah Sanders, que considera "completamente absurda". "Isto nunca aconteceu é é diretamente desmentido por vários relatos de testemunhas oculares altamente confiáveis", reforça a administração Trump.