
Emmanuel Macron e a mulher, Brigitte, protagonizaram no fim do mês de maio u, momento bizarro à chegada a Hanoi, no Vietname. O casal estava a ter uma discussão ainda dentro do avião e, quando as portas se abriram para os jornalistas que os aguardavam, ainda foi possível ver-se Brigitte a empurrar a cara do marido, que se mostrou extremamente surpreendido.
Contudo, ao aperceber-se que estavam a ser vistos, Macron tentou disfarçar, sorrindo imediatamente e acenando. Ao descerem as escadas do avião, o presidente francês ainda estendeu o braço à mulher, mas esta preferiu agarrar-se ao corrimão.
Primeiro, os assessores do presidente desmentiram a cena e colocaram em causa a veracidade do vídeo. Horas mais tarde, sem terem como continuar a negar a origem das gravações acabaram por justificar o momento como "uma brincadeira". Emmanuel Macron acabou por "alinhar" na mesma versão e garantiu tratar-se de um momento de diversão e descontração entre ele e a mulher.
Só que o caso continua a dar muito que falar. Não caiu no esquecimento, sobretudo em França. E para além dos memes e das piadas que enchem as redes sociais, especialistas, analistas e comentadores discutem a situação de violência que ocorreu entre o casal presidencial. A discussão é tanta que o lugar da própria primeira-dama começa a ser colocado em causa.
Interrogam-se as várias forças vivas da sociedade: como é que Brigitte Macron pode continuar a estar oficialmente comprometida com o combate à violência doméstica e à violência nas escolas depois de agride fisicamente o marido em público? Além disso, a própria máquina estatal també é posta em causa que, após uma mentira descarada, considera que o ato foi uma "brincadeira".
E interrogam também: quão "divertido" tal comportamento pode parecer aos olhos das vítimas de violência doméstica e da violência em geral? Por fim, os especialistas unem-se ao dizer que violência não é brincadeira.