
Para Zulmira Garrido, o mundo parou naquele fatídico mês de novembro de 2022, que lhe roubaria o único filho, Eduardo, mais conhecido por Eddie Ferrer. Hoje, não há um único dia em que não pense e sofra com saudades do filho, ainda que, munindo-se de toda a coragem e resiliência, se tenha forçado a reparender a viver.
No último domingo, 18, data em que Eddie cumpriria o seu 45º aniversário, a comentadora do 'Passadeira Vermelha' falaria da enorme dor que sente, numa carta arrepiante, de partir o coração.
"Hoje farias 45 anos, meu Eduardo. E eu daria tudo, tudo, para te poder abraçar mais uma vez. Para te olhar nos olhos e dizer-te o quanto te amo, o quanto me fazes falta todos os dias", começou por escrever para de seguida continuar: "A tua partida foi como uma ferida no meu peito que nunca mais sarou. Há dores que o tempo não leva… apenas ensina a carregar. E esta é uma delas. A dor de uma mãe que perdeu um pedaço de si."
Numa ferida que nunca irá sarar, Zulmira quis, no entanto, recordar a marca que Eddie deixou no mundo. "O mundo perdeu um coração bom, um sorriso contagiante, uma alma apaixonada pela música. Tu eras mais do que um DJ, eras luz, ritmo, emoção. Cada batida que escolhias parecia contar uma história, e quem te ouvia dançar, sentia-te. Sinto que, quando a música toca, às vezes és tu a falar comigo…"
As saudades, essas, são dolorosas e eternas. "As saudades são tantas, tão fundas, tão constantes… que às vezes parece que o meu coração chora em silêncio só por te procurar. Hoje, no teu aniversário, não celebro a tua ausência. Celebro a tua existência. Celebro o privilégio de ser tua mãe. Onde quer que estejas, espero que ouças as minhas palavras. Espero que saibas que continuo a amar-te todos os dias. E que nunca, nunca deixarás de viver em mim. Para sempre teu, Mãe."