A mãe de Diogo Carmona decidiu contar os detalhes da convivência com o ator de 22 anos de idade, justificando as agressões físicas por parte do filho como parte de um "distúrbio de personalidade".
Diogo foi condenado a quatro anos de pena suspensa por crimes contra a integridade física agravada e violência doméstica contra a mãe e a avó materna, além de ver-se agora obrigado a pagar uma indemnização de pouco mais de mil euros e frequentar um programa de reinserção social.Após a sentença de um juiz do Tribunal de Cascais, a mãe do ator, Patrícia, reagiu em declarações à TVI. "Quando eu pedi ajuda legal foi precisamente não para ter este desfecho, em que o meu filho fosse condenado, mas sim para que ele fosse ajudado a perceber que tem um problema de saúde e que o tratassem e que o obrigassem a perceber que algo estava errado", disse a mãe do ator, revelando que Diogo tem um "distúrbio de personalidade".
Mais tarde, Patrícia esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, relatando como estava a convivência com o filho e os detalhes dos processos judiciais que tem a decorrer. Além das acusações de violência doméstica por parte da mãe, Diogo acusa Patrícia de ter roubado os seus rendimentos, do período em que trabalhou na televisão.
Patrícia explicou no 'Você na TV' que Diogo "esteve internado mais do que uma vez, compulsivamente", quando o paciente é obrigado por lei a ser hospitalizado. Todas as intervenções médicas terão sido por "um surto psicótico".
Quando questionada se Diogo seguiu um tratamento, Patrícia garantiu que não. "Esteve lá [no hospital], é maior de idade, quando achou que queria vir embora os médicos não prenderam porque para manter uma pessoa internada compulsivamente tem que ter parâmetros. Depois há uma estabilização do surto".
Agredida pelo filho "muitas vezes", Patrícia argumentou que não fez queixa "porque sabia que ele estava a precisar de ajuda, não criminal mas médica".
"Para quem lida diariamente com ele neste momento, é perceptível que o Diogo não está bem e eu sabia. Conheço o Diogo melhor do que conheço a mim própria. Quase que sei o que ele vai fazer a seguir, como vai reagir".
Patrícia revelou que as agressões terão chegado a um ponto em que ela pensou pôr termo à própria vida. "Eu sou acompanhada por um psicólogo da APAV há dois anos. Chegamos ao ponto de eu tentar acabar com a minha vida mais do que uma vez, porque ninguém sabe lidar com uma situação destas".
"O meu filho não é um criminoso. Agrediu-me a mim e à minha mãe [Maria Regina, de 75 anos], ameaçou-nos de morte. Não digo isto com leveza, mas neste momento o meu desgaste já é tão grande que estas coisas já estão mais longe. E eu preciso chegar ao fim disto e saber que ele vai ficar bem de alguma forma", afirmou.
E o que aconteceu ao dinheiro?
Patrícia explicou que parte das despesas familiares eram pagas com o que Diogo Carmona recebia dos trabalhos nas novelas, mas que nunca roubou os ordenados do filho, que gravava desde os 5 anos de idade.
"Não eram [milhares de euros]" como Diogo diz, conta Patrícia a Goucha. "Para já ele nunca trabalhou anos seguidos e o Manuel sabe que os artistas não ganham assim tanto. Ele era muito jovem. Eu tive que apresentar contas à CPCJ [Comissão de Proteção de Crianças e Jovens] e cada vez que ele fazia uma novela nós íamos à CPCJ fazer o procedimento normal e eu tinha que mostrar a caderneta da conta [bancária]. Se houvesse alguma negligência da minha parte a CPCJ teria percebido isso".
"Eu não o enganei", reafirmou. "Sinto que omiti e foi um erro grave". Patrícia continua a declarar que o filho tem um lado "adorável". "A questão é que quando lhe dá a paranóia, a desconfiança, quando ele acredita numa coisa... E ele acredita mesmo que eu lhe roubei o dinheiro".
