
Esta última edição do 'Big Brother', da TVI, parece grangear muito inimigos. Desde comentadores, passando por ex-concorrentes e até apresentadores, muitos têm sido os críticos. Chegou a vez de Carlos Cruz ter palavras duras na avaliação do programa apresentado por Cláudio Ramos e Manuel Luís Goucha.
Na crónica do jornal 'Tal & Qual', aquele que já foi considerado "o senhor televisão" refere-se à atual edição do 'BB' como uma "tortura dos concorrentes além do aceitável". "Com um grupo de participantes que elevou a fasquia da qualidade, poderia ser interessante ver os seus comportamentos e interações. Mas o programa seguiu por outro caminho. Perigoso", criticou o antigo apresentador.
Segundo Carlos Cruz, entre as "torturas" aplicadas, há umas que considera "desumandas". "A obrigação de exercícios físicos paramilitares, uso de despertares intermitentes e abruptos a meio da noite, falsas expectativas, cortes de produtos alimentares, ‘dilemas’ que são ações de puro sadismo jogando com sentimentos sérios a troco de dinheiro (retirar dois mil euros do prémio comum para a concorrente ouvir a voz do filho durante um minuto ou dois), etc. Tudo isto e muito mais, transforma um programa de entretenimento num produto tóxico."
Entre os concorrentes que para ele tem sido punidos mais severamente estão Ana Barbosa, "muitas vezes à beira de um ataque de nervos" e agora Ricardo, que Carlos Cruz considera que toda a polémica foi criada artificialmente. "Armado em engraçadinho perante o Bruno, se estampou ao comprido. A Justiça ‘Big Brotheriana’ caiu-lhe em cima, com mão pesada, porque ele gabou-se de ter feito uma coisa que não fez (tema: sexo)".
"Como o regulamento só contempla as coisas que se podem ou não fazer, não se percebe o castigo e o alarido que pôs a plateia mais preocupada com a polémica do que com a crise política, económica e social por que estamos a passar. Ridículo", afirma o ex-apresentador que explica que perante toda aquela humilhação este deveria ter sido "apenas repreendido" pelo que disse, abrindo-se depois a possibilidade de se "debater" o assunto livremente na casa.
Carlos Cruz chama ainda a voz de "sádica" pela forma como muitas vezes coloca os concorrentes em cheque. "É lamentável!", termina.