
São milhões que as autoridades acreditam terem sido lesados ao estado e que terão levado a Autoridade Tributária e a Polícia de Segurança Pública a realizarem esta terça-feira buscas em vários espaços do grupo de cabeleireiro Inês Pereira, conhecida no norte por lidar com os looks de muitas figuras públicas, como Cláudia Jacques.
O fisco está a investigar se existe uma possível contabilidade paralela que poderá ter lesado o Estado em milhões de euros através de uma sociedade offshore, revela o 'Jornal de Notícias'.
A publicação garante que existe um inquérito da Direcção de Finanças do Porto, dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto, que está a investigar o grupo que tem espaços em Guimarães e Porto, com 100 colaboradores, e que tem mais de 20 mil clientes.
No âmbito das buscas terão sido constituídas arguidas 4 pessoas. Ao Jornal de Notícias, Inês Pereira diz ter sido alvo de uma "fiscalização normal, como acontece em muitos sítios", garantido desconhecer qualquer inquérito criminal.
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No entanto, a principal suspeita de fraude e evasão fiscal é a própria Inês Pereira. São descritos vários indícios de serviços pagos em dinheiro por clientes que não foram registados na contabilidade oficial do grupo, tendo sido integrados num "saco azul". A investigação diz respeito apenas aos últimos cinco anos do grupo, o que, diz o jornal, leva as autoridades a crer que o esquema de facturas dissimuladas pode ter lesado o Estado em vários milhões de euros.