
Cláudio Ramos, que ganha a vida a fazer comentários, na televisão e numa revista, sobre a vida e o trabalho dos outros, está muito indignado com uma crónica literária publicada no site da revista 'Sábado' sobre o seu novo livro 'Truques do Cláudio – Poupar de A a Z'.
Numa crítica mordaz e recheada de ironia, intitulada 'Cláudio Ramos constipou-se e abateu 43,5 eucaliptos', o jornalista da Sábado começa por fazer contas aos 64 separadores de capítulos ("páginas inúteis") incluídos no livro, concluindo que "esta obra arrasou 43,5 eucaliptos.". "O que, para um livro sobre poupança, não é um bom início de conversa", brinca, aludindo ao título do livro.O jornalista começa então a descrever o conteúdo do livro, ilustrando sempre os seus comentários com pequenos excertos, e ridicularizando sem dó nem piedade as mais diversas observações de Cláudio Ramos, acusando-o de escrever apenas "frivolidades".
"Em muitas passagens fica-se com a sensação que Cláudio Ramos está a empregar a velha técnica da infantilização do público a que se dirige, mas uma leitura mais atenta parece levar à conclusão contrária, que é ele que vive numa fase pré-escolar daquilo a que se costuma chamar a escola da vida", pode ler-se.
O cronista da 'Sábado' critica também o "excesso" de pontuação na escrita. "Os sucessivos pontos de exclamação são às centenas no livro. Qual a razão? Cláudio Ramos está excitadíssimo? Acha que se dirige a adolescentes? Ou os pontos de exclamação são aquele ruído com que as farsas inexoravelmente se fazem acompanhar para se cumprirem? Servirão os pontos de exclamação para preencher o silêncio de quem nada diz?", escreve.
A reação de Cláudio Ramos não se fez esperar. "Por muito que o Marco Alves da 'Sábado' tenha feito um esforço para destruir toda a ideia base do meu novo livro não conseguiu", começou por escrever o cronista nas redes sociais.
Seguiu-se então um ataque pessoal ao autor do artigo. "Eu trabalho para um público. Talvez esteja aqui a principal diferença entre mim e o Marco Alves. Eu trabalho para o meu público. O Marco faz o que lhe mandam, e como não conseguiu encontrar defeitos no livro, inventou-os, porque era preciso dizer mal. Não está mal pensado, um livro sobre poupança, aumentou-lhe a criatividade. Bem visto!", acrescentou.
No entanto, Cláudio Ramos, que ganha a vida enquanto cronista social há vários anos, não ignora a ironia de estar agora a reagir de forma negativa aos comentários sobre si... e deixa uma nota: "Atenção, eu sou muito pelas criticas, mas que façam sentido. Esta por muito elaborada que esteja (porque está), só faz sentido a quem tem o sentido de fazer mal".