"Uma das coisas que mais me impressiona hoje, quero dizer-vos olhos nos olhos, é estar com seis ou sete câmaras à minha frente e ter jornalistas a fazerem-me perguntas sobre determinado tema, e ver que a maior parte deles tem um auricular no qual lhe estão a 'soprar' a pergunta que devem fazer", palavras de Luís Montenegro.
E continuou: "E outros, à minha frente, pegam no telefone e fazem a pergunta que já estava previamente feita. Eu, como agente político e cidadão, olho para este quadro e digo que os senhores jornalistas não estão a valorizar a sua própria profissão", declarou esta terça-feira o primeiro-ministro.
Declarações que acabaram por provocar as explicações de Cristina Esteves, em direto, sobre o uso do auricular: "Com esta coisa que eu tenho aqui, nomeadamente um auricular, recebo realmente indicações por parte da minha regie. Muitas vezes para dizer 'vamos para intervalo' ou 'vamos terminar neste exato momento' ou 'uma reportagem não está pronta'", exemplificou.
"Mas quando se está no exterior, este auricular é relevante para termos a ligação feita ao estúdio. Não é relevante para termos perguntas feitas ao ouvido", explicou a jornalista no 'Jornal das 12'.