
Baltazar, de 31 anos, morreu em 2018 vítima de cancro. Uma dor inultrapassável para a mãe, Custódia Gallego, que, seis anos depois, continua a chorar a morte do filho. A atriz falou dessa perda irreparável com Daniel Oliveira no programa 'Alta Definição', da SIC.
Na conversa, Custódia assume que desenvolveu estratégias para que as outras pessoas, à sua volta, não levassem com os seus dias maus: "Talvez porque não sou muito espiritual e cada vez que me acontece alguma coisa que a explicação é inexplicável, tenho sempre um bocadinho de inveja das pessoas que têm um Deus ou uma espiritualidade qualquer ou ainda alguma coisa para além da nossa realidade que pode explicar o que aconteceu", começou por explicar.
A atriz continua a assumir: "E eu não consigo... não tenho essa valência. Não tenho! Portanto, fui muitas vezes violenta com gente que gosta de mim e me queria proteger com palavras bonitas. Com 'ele há-de estar sempre contigo' e ele não está. Mentira! Está lá... naquele coisinho", disse.
Entre essas pessoas que a tentaram "animar" estava Maria João Abreu que trabalhou com Custódia em 'A Serra', uma das novelas em que a atriz participou após a morte do filho: "A Maria João Abreu... as vezes que aquela minha amiga me tentou minimizar a dor e o sofrimento... quantas vezes... e eu fui muitas vezes violenta com ela", admitiu.