
Carloto Cotta começou, na última semana, a ser julgado pelos crimes de importunação sexual, coação sexual, violação, sequestro, coação agravada, ofensa à integridade física simples, injúria e dois crimes de ameaça agravada de uma mulher, de nome fictício 'Maria', que é acusado de ter mantido em cativeiro durante 24 horas na sua casa de Colares, em Sintra, forçando-a a ter relações sexuais contra a sua vontade, sendo que esta só ter conseguido escapar da casa na manhã seguinte e por uma das janelas da moradia.
O ator, de 43 anos, esteve presente em tribunal na última quinta-feira, dia 2, tendo sido acompanhado por Rui Patrício, que lidera a sua defesa. Trata-se de um superadvogado, também defensor do Benfica ou advogado no caso BES, que promete esmiuçar ao máximo a denúncia que, já disse publicamente "não ter qualquer fundamento". Antes do julgamento, o ator acabaria por mover uma ação contra 'Maria' por denúncia caluniosa, numa queixa em que a acusação estranhou o timing, mas que disse não ter abalado a queixosa, que já prestou declarações para memória futura e devida à natureza melindrosa do caso, ainda não sabe se irá voltar a tribunal.
"Ultimamente senti-a muito abalada do ponto de vista emocional, estes momentos processuais são sempre muito difíceis. Mas hoje senti-a bem, senti-a fortalecida, com convicção e ânimo, sobretudo quando teve conhecimento ontem, à boca do julgamento, que o arguido tinha apresentado uma queixa de denúncia caluniosa”, afirmou a advogada Cristina Borges de Pinho. “É estranho que alguém demore tanto tempo a sentir-se ofendido ou lesado na sua honra e consideração quando confrontado com a denúncia dos factos de que é acusado há quase dois anos”.