
É uma das jornalistas portuguesas mais conhecidas do grande público. Agora, Maria João Avillez levanta um pouco o véu da sua vida mais privada, como ser mãe de uma freira carmelita.
A única filha, Verónica, tinha 28 anos, quando decidiu deixar o emprego em Bruxelas e romper com o namorado para abraçar uma vida dedicada à religião. "Nunca mais nada voltou a ser igual... Uma vocação religiosa nos tempos que correm? Freira? Uma vida de clausura? Mas porquê? Como? Que ideia?!", pode ler-se nas primeiras páginas do livro 'Que Fazes Aí Fechada?', de Filipe d’Avillez, onde conta como ela e a família receberam a notícia da decisão da filha.
Visita frequentemente a filha no Carmelo de Fátima, de onde Verónica só pode sair quando necessário. "Estou muito feliz por ela, é uma mulher realizada. Mais realizada do que ela, talvez não conheça ninguém à face da Terra, mas essa realização também foi à custa do que poderia estar hoje a viver com ela no mundo. Vou lá com a frequência que elas consentem. Os irmãos também vão, assim como os meus netos. Ela não sai, e penso que também não esteja muito empenhada em sair. Está muito contente naquela sua vida entregue a Deus", disse a jornalista em 2015 à revista 'Lux'.
Agora, volta a falar do assunto quando lhe perguntam o que é que a apaziguou após saber da decisão da filha: "Vê-la. Nós vê-mo-la muito, graças a Deus, felizmente está em Fátima, a uma hora e pouco de Lisboa, e o que me apaziguou foi ver a alegria permanente dela, mas não é uma alegria distante nem forçada. Ela está igual a ela própria, muito engraçada e muito viva a falar, e tem feito um enorme trabalho espiritual. O que não quer dizer que isso minore a minha saudade, que se mantém ilimitada. Gostaria mais que ela viesse cá jantar hoje com o marido e os filhos", admitiu esta semana à revista 'Caras'.
Fala ainda da sua profunda fé em Deus que não foi abalada, nem mesmo depois de perder um dos cinco filhos: "Não posso desistir de Deus, mas a minha tristeza pelo meu filho é a mesma, como a saudade da Verónica. O que posso dizer é que, cada uma à sua maneira, Deus me levou dois filhos. Em cinco, não é pouco! Mas um dia Ele e eu conversaremos", confidenciou ao mesmo tempo que garante que nunca pensou desistir da vida, nem mesmo quando viu partir um dos filhos.