
Sofia Arruda abriu a caixa de pandora e agora mais mulheres, ligadas ao mundo da comunicação, saíram a terreiro a contar que também foram alvo de assédio sexual nos bastidores das televisões. Arruda garante que o homem chegou mesmo a fazer-lhe um ultimato e que por não ter aceitado a proposta indecente, ficou vários anos sem trabalhar para um canal de televisão.
A antiga jornalista Bárbara Guevara contou a sua experiência na SIC.
A deputada Isabel Moreira usou as suas redes sociais para comentar aquilo que parece ser o início de um movimento semelhante ao #metoo de Hollywood, que levou, recorde-se, à prisão do poderoso produtor Harvey Weinstein, e que ajudou a mudar mentalidades. A socialista diz que é preciso acreditar em Sofia Arruda. "O movimento
Acrescentando: " Antes de cair na pergunta precipitada "porque é que ela não se queixou? "ou "por que raio só agora?", convém tentar ser o outro, fazer o tal exercício de empatia que nos torna humanos. Como? Ouvindo. E experimentando tomar a versão das mulheres que vão ganhando coragem para falar como verdadeira. Saindo do conforto. Hoje é dia de acreditar na Sofia Arruda e de agradecer a sua coragem e de empatizar com o seu sofrimento e de condenar o assédio, que é crime, que é real, que acontece com muito silencio. Por causa dela, mais mulheres estão a expressar-se, a partilhar episódios de assédio no local de trabalho, crimes difíceis de provar, crimes impossíveis de esquecer. Nós sabemos", rematou a deputada socialista.