
Júlio Isidro mostrou-se desolado com a morte de Maria do Céu, uma das irmãs de Maria Rueff. Num longo testemunho nas redes sociais em homenagem à falecida, o apresentador detalhou algumas memórias de tempos idos, junto da famíia Rueff, acrescentando ainda algumas fotografias, quer de Maria do Céu, quer sua com Maria Rueff.
"Hoje chorei muito. ‘A nossa mãe Julieta gostava tanto de si... lembra-se dos pastéis de bacalhau que ela lhe fez?.... que linda noite de Natal que o Júlio passou lá em casa....’ Eram as manas da Céu a acenderem a luz de memórias do Júlio, na altura solteirão impenitente, e que na probabilidade de passar um Natal sozinho, se sentou à mesa da família Rueff qual menino Jesus nas palhinhas. Que noite santa onde o afecto estava nas palavras doces, nas risadas cheias e nas coisas boas que enchiam a mesa", começou por relatar.
"Tinha começado a chover no preciso momento em que caminhava para o velório da Céu que só pode estar como em si mesma, no Céu. Abraçado à mais nova, a minha querida Maria Rueff, chorámos tanto, com a chuva como cúmplice. ‘É o Céu a chorar connosco’, sussurrou-me... E as memórias acenderam-se com uma luz tão intensa, a ginástica onde a Céu era exímia e eu fazia o possível, os jantares em restaurantes com o nosso grupinho, a Febre de sábado de manhã, o Passeio dos Alegres, o concerto dos Police de onde saímos a cantar ‘Walking on the Moon’, e as idas à praia com gente do nosso coração", continuou.
"O tempo passou, mesmo muito tempo, mas a Céu nunca era sempre lembrada por mim nos encontros com a mana Maria: ‘-Então como está a mana?...Que sim, tudo bem, continua a produzir trabalhos na sua área do Direito e sempre, sempre a estudar’ De braço dado comigo, a Maria enterneceu-me: ‘Ela gostava muito de ti.’ Em soluços balbuciei: ‘E eu também...’ Perdi uma amiga de um tempo irrecuperável, porque a morte é irreparável. Com ela, partiram mais alguns passos da minha vida", acrescentou o comunicador.
"O país perdeu uma notável académica que deixou uma relevante obra, contributo de grande importância sobre o Direito e a Medicina. Há tantos anos que não a via, mas as saudades são a memória do coração. Está cá tudo guardado para memória futura. Beijinhos às manas, e saudades da dona Julieta que amanhã vai ter companhia na sua terra natal. Um dia voltarei a abraçar a Maria, mas com o sorriso aberto do tempo em que as manas eram quatro", rematou.