
Aos 40 anos de idade, Soraia Chaves volta às personagens sem carga sexual e está satisfeita por isso. "É fantástico fazer a Lídia, em 'Sangue Oculto', como foi fazer 'A Serra' ou 'A Generala', porque faço coisas diferentes. É uma grande oportunidade, pois não caio num carimbo [difícil de ultrapassar, porém, após o sucesso dos filmes 'O Crime do Padre Amaro', em 2005, ou 'Call Girl', em 2008, onde aparece toda nua]", justifica, em exclusio à 'TV Guia'.
Na nova novela da SIC, a sua personagem dá-lhe também uma ideia do que é ser mãe. "Adoro trabalhar com crianças. Tenho muitos sobrinhos, e é a eles que vou buscar esta coisa de ter familiaridade com crianças. Nisso e a observar as minhas irmãs", conta a sensual atriz à mesma revista, revelando que, mesmo assim, ter filhos não está nos seus planos: "Tenho instinto maternal, mas ter filhos não é coisa que esteja a pensar, neste momento. Tudo tem o seu tempo, não é este o caso."
Estes papéis diferentes afetam, no entanto, o seu dia a dia. Foi o que aconteceu, por exemplo, quando gravou a série 'A Generala'. "Os meus gestos femininos desapareceram. Durante a rodagem, vestia-me de forma masculina. E só me apercebi depois de o realizador me ver com um vestido e ter ficado espantado. Percebi que, durante meses, me tinha comportado de forma mais masculina", confessa Soraia Chaves à 'TV Guia', feliz com o trabalho em 'Sangue Oculto'. "A Lídia é amargurada. É casada com o Tojó e sofre de violência emocional. É um papel muito forte."