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Nacional

Malato: “Fiz uma pausa no amor”

O apresentador está muito entusiasmado com o seu novo programa, A Minha Mãe Cozinha Melhor Que A Tua. Confessa que tem-se dedicado mais a si do que aos outros. No entanto, apesar de ter feito uma pausa no amor, afirma que tem andado a namorar muito.
16 de dezembro de 2016 às 15:41
José Carlos Malato
José Carlos Malato Foto: Paulo Miguel Martins

Vai regressar ao ecrã com o programa 'A Minha Mãe Cozinha Melhor Que A Tua' após alguns meses parado. Está empolgado?

É bom regressar com um grande formato. Durante muito tempo fiz grandes formatos, quando estive no ar 10 anos entre os concursos internacionais e o Portugal No Coração. Para mim é uma boa notícia e um grande desafio profissional, pois este formato é algo que nunca experimentei, porque é de entretenimento que tem a cozinha como base. É um programa de afectos e acho que mais do que nunca vou poder lançar-me numa área de entretenimento que me faltava. Estou muito contente com esta proposta que a direcção de programas me fez.

Está a ser difícil o regresso ao trabalho?

Fiz o Cartaz RTP no primeiro semestre e este está a ser muito estimulante. É sempre bom quando estamos a trabalhar em novos desafios profissionais. Estive no prime time durante 8 anos, fiz concursos que eram só interrompidos durante algum tempo, portanto acho que foi um ciclo que tem que se renovar e estou a encarar de uma forma positiva e que estou a encarar de forma positiva.

Vai ter famosos no programa todos os sábados. Como vai ser a experiência?

Não os encaro como famosos, mas sim como colegas de trabalho. Alguns deles conheço-os muito bem e isso é uma forma de humanizar as pessoas e vê-las noutro registo. O programa inclui cozinha e o facto de virem com familiares, ou com as mãe que é o desejável, mas nem sempre tem mãe ou as mães não estão disponíveis, e portanto é uma equipa familiar, é interessante ver essas memórias afectivas ligadas às receitas de família.

Mas vai sempre alguém da família com o famoso?

Vamos ter actores, jornalistas, apresentadores onde as pessoas vão partilhar as suas receitas e o que as faz feliz. Isto é um programa para ver em família. Os famosos, que que estão expostos publicamente, encontram muitas vezes na família a sua âncora e o seu porto de abrigo. Por isso, trazer os familiares para público vai ser um desafio para eles e para quem está em casa. Todos eles vão estar com pessoas a quem estão ligados por laços.

A sua mãe, Margarida, cozinha melhor que você?

A minha mãe cozinha muito melhor do que eu, tanto que no inverno apetece-me a sopa de grão da minha mãe e as canjinhas da minha mãe. Esse amor de mãe que se exprime na cozinha para mim é muito importante. E a minha mãe tem uma grande mãe para a cozinha, principalmente em pratos que tem a ver com o Alentejo.

Sabe cozinhar?

Eu quando era miúdo comecei a aprender com ela e via-a cozinhar e depois era eu que cozinhava para a minha irmã. Também lhe fazia algumas patifarias porque ela queria comer e eu castigava-a e não fazia a comida (risos). Mas tudo o que sei, aprendi com a minha mãe. Acredito que as mães dos concorrentes cozinham muito bem, mas de certeza que não cozinham melhor do que a minha.

 O programa vai ser transmitido ao sábado à noite… é um horário que lhe agrada?

Que é um horário importante e familiar. Por um lado é bom a RTP ter optado por um formato que liga à família e aos portugueses, mas por outro vai ser muito desafiante porque é claramente uma alternativa, mas há grandes formatos de entretenimento que têm esse horário, nos outros canais. Vai ser um desafio poder fazer um produto que eu acredito que vai ser muito concorrencial relativamente aos outros canais.

Mudou o visual neste programa… Porquê?

Houve uma preocupação com o que ia vestir e vivi agora uma fase diferente que foi o experimentar roupa e o de gostar de me ver. Antigamente quando me olhava ao espelho não tinha muita preocupação com a roupa. Porque os gordinhos vestem-se quase sempre da mesma maneira e agora houve uma preocupação e isso é uma descoberta para mim.

Perdeu muito peso. Isso influência o facto de se sentir melhor?

Sinto-me muito melhor, mais seguro em termos de imagem e o facto de ter emagrecido 43 quilos deu-me uma alegria que não tinha. Deu-me uma forma nova de compor a minha imagem e isso ajudou-me a nível de disposição. Quando nos sentimos elegantes é muito diferente.

Por estar mais magro regressa mais confiante?

Tinha sempre tendência a esconder-me, ou estava sempre sentado ou escondia-me atrás das pessoas. Agora deixei de me esconder. Desde miúdo que achava que era mais importante ser bonito por dentro, mas de facto a aparecia é a primeira coisa que as pessoas vêm. Hoje reflicto a mudança de vida que tive e gosto muito mais de mim agora, eu achava que ter graça era suficiente, mas agora acho que é importante a nível de confiança.

A sua vida melhorou a nível da saúde, humor e trabalho. Na vida pessoal também existiram melhorias?

A minha vida pessoal melhorou muito (risos). Quando uma pessoa gosta de se ver, como a velha máxima: Se eu não gostar de mim quem gostará? De facto, eu hoje vejo as coisas de forma diferente em relação à minha imagem. Tenho noção de que quando nos sentimos melhor e mais confortável, isso reflecte-se nos outros. As pessoas dizem que estou com uma luz diferente. Faz dois anos em Janeiro que fui operado e mudei os meus hábitos e isso também faz com que outras pessoas se aproximem de mim. Os meus amigos namoravam sempre as pessoas mais bonitas, e eu nem me atrevia a olhar para essas pessoas. Agora aventuro-me muito mais, porque quando estamos melhor atraímos mais pessoas.

Mas sempre namorou…

Sim, sempre tive uma vida bastante preenchida a esse nível com relações longas e a esse nível estou satisfeito. Agora, acho que atinjo outros públicos (risos).

A nível amoroso está feliz?

A minha felicidade tem a ver comigo e como a forma como estou agora. Agora faço muito mais o meu género do que fazia antes. 

Está apaixonado?

Pelo meu trabalho estou apaixonado. Agora estou numa fase em que tenho que cuidar de mim, porque antigamente perdia muito tempo a cuidar dos outros e esquecia-me de mim e de me mimar com algumas coisas de que gosto. Eu sempre preferi dar do que receber, mas agora estou mais preocupado comigo, por isso, vou ao ginásio e faço o que gosto. Andei a estragar-me em vez de me mimar, durante muitos anos. Agora estou mais virado para mim próprio e isso talvez me torne mais egoísta em relação aos outros. Vivo com os meus cães e, neste momento, fiz uma pausa no amor, porque preciso dele para mim.

Então está solteiro?

Eu não disse que estou sozinho e até tenho andado a namorar muito. A questão não é essa, mas neste momento não quero estar preso, só quero estar preso a mim. Apetece-me estar comigo, mas isso não significa que não ande a namorar.

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