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Nacional

Frustrada, Inês Herédia mostra batizado dos filhos gémeos e acusa a Igreja: “Entristece-me saber que não posso ser tratada da mesma maneira”

A atriz de ‘Festa é Festa’, da TVI, confessa-se católica mas lamenta a discriminação que ainda existe por ser homossexual.
03 de novembro de 2021 às 17:58
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Inês Herédia recorreu às redes sociais para partilhar um longo e sentido testemunho que abrange o seu catolicismo e a sua homossexualidade, revelando que conciliar ambos nem sempre foi fácil, difundindo também o momento em que cantou no batizado dos filhos, os gémeos, Luís e Tomás, de 2 anos.

A atriz de 31 anos, atualmente parte do elenco de ‘Festa é Festa’ na pele da carismática personagem Nelinha, começou por escrever: "O batizado dos meus filhos foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Para um ateu, não é todos os dias que se vai a um batizado tão vivido e refletido como este, para um católico, não é todos os dias que se batizam filhos de duas mães."

"Tive uma educação católica em casa e na escola, com uma vida muito presente na Igreja. Cheguei à adolescência e questionei tudo, afastei-me da Igreja e os meus pais nunca me impuseram nada. Durante os anos de liceu só ia à missa nas principais celebrações, com a família. A dada altura, no primeiro ano da faculdade, resolvi pegar no carro e ir sozinha à missa num domingo qualquer. Mexeu tanto comigo que acho que nos meus 3 anos de licenciatura estudei mais de teologia do que de hotelaria. Não percebo porque é que me sentia bem ali, mas sentia. Sentia-me tão bem e tão segura ali", continuou.

"Nunca cheguei a perceber. Ainda hoje não encontrei nenhuma explicação racional. A não ser a de que não se escolhe aquilo ou quem se ama. Ama-se e acredita-se simplesmente. Com o passar dos anos e à medida que fui percebendo e aceitando a minha homossexualidade, afastei-me proporcionalmente deste lugar onde me sinto tão bem, mas que o mundo, a sociedade e o peso da história e das instituições me continuava a dizer que eu não era assim tão bem-vinda ali. Ou era, mas com condições. Hoje entristece-me saber que não posso ser tratada da mesma forma que o amigo hétero que tenho ao lado", frisou.

No final, a mulher de Gabriela Sobral referiu: "Sei que andam por aqui muitos católicos LGBT, na grande maioria não assumidos. E por isso, resolvi vir aqui partilhar isto. Que tudo é um caminho e que este foi um dos dias da minha vida em que tive a certeza absoluta que o Deus que amo (tome Ele a forma que tomar para cada um de vocês) estava ali comigo a olhar-me com o mesmo amor que olha "os outros"", rematou.

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