
Graça Fonseca tornou-se esta segunda-feira na primeira ministra da Cultura que já assumiu ser homossexual. A antiga secretária de Estado da Modernização Administrativa surpreendeu o País no ano passado, quando fez o anúncio numa entrevista ao 'Diário de Notícias'.
"Acho que se as pessoas começarem a olhar para políticos, pessoas do cinema, desportistas, sabendo-os homossexuais, como é o meu caso, isso pode fazer [com] que a próxima vez que sai uma notícia sobre pessoas serem mortas por serem homossexuais pensem em alguém por quem têm simpatia", revelou Graça, de 47 anos de idade na altura.
"E se as pessoas perceberem que há um seu semelhante, que não odeiam, que é homossexual, isso pode fazer que a forma como olham para isso seja por um lado não querer saber se essas pessoas são perseguidas, por outro lado até defender que assim não seja", acrescentou.
A declaração da agora ministra da Cultura tornou-a, na altura, o primeiro elemento do Governo a assumir, no exercício das suas funções, que é homossexual. Licenciada em Direito, e com um doutoramento em Sociologia, a mulher que substitui Luís Filipe Castro Mendes sempre manteve a sua vida privada longe dos olhos do público. "Não é uma questão de privacidade, é uma questão de identidade", explicou.
Licenciada em Direito, e com um doutoramento em Sociologia, a mulher que substitui Luís Filipe Castro Mendes sempre manteve a sua vida privada longe dos olhos do público. "Não é uma questão de privacidade, é uma questão de identidade", explicou.