Durante uma semana, Iara Ramos Nascimento, irmã de Cláudio Ramos, esteve desaparecida para grande preocupação da família do apresentador da TVI. Saiu de casa em Vila Boim, Elvas, em meados de outubro. Acabou em Madrid, internada na ala psiquiátrica de um hospital da capital espanhola.
Foram dias de grande incerteza, com Cláudio Ramos a pedir ajuda através das redes sociais para encontrar a irmã, de 47 anos de idade. Entretanto, Iara já recebeu alta hospitalar e regressou a casa na localidade alentejana. Este domingo, 16, Iara usou igualmente as redes sociais mas para contar o que aconteceu, através de um vídeo, sem poupar críticas à família.
"Estive aqui a tentar arranjar uma maneira de começar este assunto. Costuma-se dizer que se começa do princípio, mas o princípio já foi há algum tempo, já foi há três anos", apontou, numa referência ao marido, Nuno Gama, falecido há três anos, vítima de ataque cardíaco fulminante
"Os que estão perto sabem aquilo que eu tenho passado, por isso é que cheguei onde cheguei. Por isso é que calei o que calei, porque vocês sabem que o meu irmão [Cláudio Ramos] é uma pessoa visível, e à pala de uns quase destrói outros. Porque ele sabia do que se estava a passar, se não sabia também foi falta de cuidado. Como eu disse, não são dois dias, foram três anos. Tudo o que se passava da minha parte, o que não souberam, também não quiseram saber", acusou Iara Ramos Nascimento.
"Tive uma pessoa a viver comigo mais de um ano e sabe perfeitamente que ali em casa o bom dia, boa tarde não se passava. Puseram-me à parte. Fizeram-me sentir culpada de tudo e mais alguma coisa", continuou.
"Puseram-me de parte, tiveram reações que eu não estava à espera, fizeram-me sentir culpada de tudo e mais alguma coisa (...) Foi extremamente desagradável o afastamento e a maneira como me tratavam", continuou, sem concretizar a que se estava a referir.
"Quando fui para Madrid, a única coisa que eu queria era fugir, queria fugir de tudo. Isto parece a mania da perseguição e foi isso que me aconteceu, eu fui realmente perseguida por muita gente. (...) Não estou aqui para enterrar ninguém, eu sei que sou adulta, que tenho de me organizar, mas acho que tem de haver uma responsabilidade civil, quando as pessoas fazem isto, isto que me fizeram é impensável", aponta ainda a cabeleireira.
"O que é certo é que eu pus-me daqui para Madrid sem rumo, com uma paranoia que estava a ser perseguida. Vocês não têm noção do que passei, a perseguição que eu tinha na minha cabeça era tão grande, que cheguei ao ponto de estar na rua, a dormir debaixo de carros, sem comer, sem beber água, para me refugiar subi um telhado, foi uma noite horrível. Quando amanheceu, eu estava a apreciar o nascer do sol. As pessoas viram-me, chamaram os bombeiros, eu não queria que ninguém me apanhasse, só queria fugir de tudo e todos. Saltei para várias árvores. Os bombeiros tentaram tudo, até que eu decidi, por mim, que não queria mais estar aqui", relata a irmã de Cláudio Ramos num vídeo duro.
