O cavaleiro tauromáquico João Moura, de 63 anos de idade, está a ser julgado no Tribunal de Portalegre, acusado pelo Ministério Público (MP) de 17 crimes de maus-tratos a animais de companhia e um de maus-tratos a animais de companhia agravado, por factos ocorridos em 2019 e 2020, na sua propriedade em Monforte, no distrito de Portalegre.
O toureiro foi detido pela GNR no dia 19 de fevereiro de 2020, na sequência do cumprimento de um mandado de busca à propriedade, tendo então sido apreendidos 18 cães. Vários dos galgos estavam em estado critico e um chegou mesmo a morrer.
Durante a quarta sessão do julgamento nesta quarta-feira, 17, marcada pelas alegações finais, o MP pediu a condenação do cavaleiro de Monforte e os advogados das associações de defesa dos animais, que se constituíram assistentes no processo, pediram pena de prisão efetiva. A defesa de João Moura pediu a absolvição do cavaleiro.
No final da sessão, João Moura optou por falar, tendo apenas assumido "uma parte da responsabilidade", sustentando que estava a passar por uma fase económica "menos boa", tendo o tribunal validado a curta declaração de João Moura.
A leitura da sentença está marcada para dia 24 de janeiro, próxima quarta-feira, pelas 14h00.