
Judite Sousa diz que se sente "porfundamente só praticamente desde o dia em que o André partiu". O acidente fatal que vitimou André Sousa Bessa aconteceu no verão de 2014, quando estava com um grupo de amigos numa propriedade no Meco
Numa entrevista em que chora e se emociona várias vezes, emocionada por tudo aquilo que tem passado desde a morte do seu único filho, que "caiu numa piscina e bateu com a cabeça numa pedra de granito", Judite diz que quase todos lhe viraram as costas.
Primeiro por iniciativa dela, que queria viver o luto sozinha, depois porque ninguém quer estar com alguém emocionalmente abalada. "Muitas pessoas acham que a forma de mostrarem os seus sentimentos é estarem consigo no dia do acontecimento, passado uma semana, um mês, um ano... já passou. Não! Não passou. Eu sofro mais hoje do que sofria há oito anos. Esta dor é uma dor que não é atenuável", explica. "É como uma sombra que vai ficando cada vez maior... Eu sofro cada vez mais. Os meus amigos dizem: 'Parece que estás cada vez pior'. É verdade, estou cada vez pior, porque eu agora estou naquela fase... em que vejo os amigos do meu filho com os seus filhos. Eu nunca irei ser avó", lamenta, com a voz embargada pela emoção. "Eu nunca irei ser avó!", reforça. "Portanto, à medida que o tempo passa, há sempre um elemento novo que agrava as memórias e que introduz elementos novos de vivências...".
Judite Sousa esteve no 'Alta Definição' com Daniel Oliveira, este sábado.