
João Baião e Diana Chaves passam a maior parte do tempo com um sorriso rasgado, mas nem sempre o ambiente que se vive no 'Casa Feliz' da SIC dá mote para esse estado natural dos apresentadores se mantenha. Pelo contrário: são muitas as vezes que a dupla fica com as emoções à flor da pele e chegam mesmo a deixar cair algumas lágrimas e ficam com um sentimento de tristeza muito grande.
E tudo por causa dos segmentos diários em que são obrigados a falar de crime e em mostrar aquilo que de pior se passa na sociedade. Diana e João sofrem muito com esta parte do programa da SIC. Quem o garante é Hernâni Carvalho, um dos comentadores residentes da crónica criminal... onde alguns dos crimes mais macabros que se passam em Portugal são dissecados ao pormenor. E isso deixa os apresentadores incomodados... mesmo quando o programa termina.
"A Diana e o João sofrem horrores com os temas que trabalham. As pessoas saem do ar e eles continuam a sofrer. A Diana tem dias, então quando é coisas de saúde, fica tão preocupada, começa a imaginar coisas. A Diana sofre muito com os temas que trabalha e o João é aquele coração gigante que também sofre imenso", relata Hernâni Carvalho, em conversa com Fátima Lopes no 'Caixa Mágica' da SIC.
O especialista em segurança diz que o programa é uma espécie de presente envenenado de Daniel Oliveira... principalmente por causa deste segmento que afeta muito os apresentadores. "A Diana nunca tinha feito crime, a primeira experiência dela foi contigo, devia estar assustada no início, que isto não é fácil", perguntou Fátima Lopes. "Estava até porque o Daniel Oliveira fez-lhe uma maldade muito grande que foi: ligou-lhe numa sexta-feira a dizer ‘olha, na segunda começas a fazer um programa... E já agora tens que fazer crime, são duas maldades numa só", assegurou Carvalho, que apesar de estar habituado à temática também se enerva no programa matinal da SIC perante alguns casos dramáticos.
Recentemente, Baião foi mesmo traído por um microfone ligado e apanhado a dizer que não queria fazer mais aquilo. "Devo dizer que, para além do choque da reconstituição desta história, o que mais me impressionou – nunca tinha visto isso – foi o vosso semblante a olhar para o chão… jamais esquecerei a vossa expressão a olhar de vergonha e do horror que foi assistir a esta reconstituição", começou por dizer. "Não quero fazer mais isto, não quero fazer mais isto", atirou desolado.