Estivemos com Lili Caneças no Estoril Open e aproveitamos para falar sobre amores e paixões. No seu jeito franco e sem tabus, a rainha do 'jet set' nacional não evitou qualquer questão e falou abertamente sobre tudo... até de sexo.
Para início de conversa, perguntamos a Lili Caneças como está de amores. A resposta não se fez esperar: "Mesmo quando era miúda nunca tive sorte com os amores. Portanto, hoje os meus amores são os meus filhos, que são fantásticos, e os meus netos, igualmente fantásticos. Tenho também um imenso amor pela vida. No outro dia perguntaram se tinha medo de morrer. De morrer não tenho medo, mas tenho pena. Gosto tanto, tanto da vida que me faz muita pena deixá-la. Por exemplo, basta-me ir à marina de Cascais beber um cappuccino para me sentir feliz. As coisas pequenas já me fazem feliz. Com esta idade, redescobri a minha inocência e aprendi a ser feliz com pequenas coisas."
Não gostaria de voltar a ter alguém com quem partilhar a vida, um companheiro?, perguntamos à conhecida 'socialite' que nos respondeu com um redondo 'Não'. "Para ir ao cinema, ver uma exposição, ir a uma festa… tenho os meus amigos que me fazem companhia. Partilhar o meu espaço com outra pessoa, não. Quando chego a casa fico feliz por não ter de estar a encolher a barriga, não tenho que estar a dizer coisas inteligentes, nem que estar a fazer género. Estar sozinha permite-me ser eu", esclarece.
Já quando o tema de conversa passa para a vida sexual, Lili não tem dúvidas: "Nunca fui sexo-maníaca e tenho essa questão muito bem resolvida na minha vida. Quando estou apaixonada, que tal como já contei foram duas ou três vezes apenas, é uma loucura. Mas ter um namorado implica uma série de coisas, como ir ao cinema, jantar fora e ter interesses em comum e, só depois é que poderá evoluir para outras coisas".
Lili Caneças faz questão de frisar que aos 74 anos o sexo não é uma questão primordial na sua vida: "Tenho 74 anos, portanto não me apetece nada. E se me apetecer, não é por aí… sei muito bem o que hei-de fazer para ter sexo. Por outro lado, não gosto de velhos… o que é que lhes ia fazer? Mudar as fraldas, ser enfermeira ou assistente?", questiona.
"Não preciso de viver à custa de um velho. Graças a Deus ganhei o meu dinheiro, trabalhei para viver e ter o fim da minha vida em paz. Por outro lado, não acredito que uma pessoa mais nova do que eu se interessasse por mim só pelos meus lindos olhos. A interessar-se seria por ser famosa, ou porque vivo num sítio giro, por ter bons contactos e conhecimentos… mas não, não quero acabar como o Carlos Castro", finaliza de uma forma desassombrada e clarividente.
