
Foi um "balde de água fria" para Marcelo Rebelo de Sousa. Católico, homem de fé e de afetos, o Presidente da República sentiu-se "atraiçoado" com o evolvimento de um amigo, homem do clero, no escândalo do desaparecimento de arte sacra.
Marcelo diz-se mesmo "surpreendido e chocado" com as suspeitas que recaiem sobre o padre António Teixeira, constituído arguido no processo de desaparecimento de arte sacra da Igreja de Santo Condestável, em Campo de Ourique, onde foi padre.
Segundo a 'VIP', Marcelo Rebelo de Sousa conhece António Teixeira há vários anos das paróquias de Cascais e Carcavelos e tinha por ele uma amizade que levou o atual Presidente a escrever o prefácio de um livro do sacerdote.
Em declarações ao 'Público' Marcelo dá conta do choque e do sentimento de traição. "Tendo sabido hoje do processo, estou surpreendido e chocado. Não esperava isto de uma pessoa que conhecia há tanto tempo das paróquias de Cascais e Carcavelos e não corresponde à ideia que tinha dele."
O processo inclui o desaparecimento de vários artigos como paramentos e material utilizado para ornamentar o altar, assim como uma taça de prta dourada com pedras preciosas e imagens do século XVIII.