Quando há dois anos os portugueses conhecerem 'La Vie Marie', poucos suspeitavam que a jovem, exuberante e excêntrica passava por problemas de revolta, raiva e depressão. Foi aos poucos que esta estrela das redes sociais hoje com 22 anos de idade foi mostrando o quão frágil era. Chegou a cortar relações com os pais, com quem contudo recentemente, quando se mudou novamente para casa, na Estela, perto das Póvoa do Varzim, voltou a estabelecer ligação.
Este regresso de resto parece ter transformado Marie. Embora ainda seja diferente, Marie parece ter mudado, algo que é visível não só nas suas redes sociais como pessoalmente. Mais calma, foi na ModaLisboa, que a jovem explicou o que tinha levado a esta mudança. "Acho que foi gradual. Sinto que estou mais calma, noutra fase da vida. Aprendi a ver como a vida funciona", começa por explicar.
O processo de meses reaproximou-a da família que ela diz hoje "perceber melhor", conta. "Eu acho que com o tempo, neste meses, percebi melhor porque as coisas são como são. Faz parte do crescimento. Aprendi a respeitar a forma dos outros encararem a vida. Aceitei melhor os outros. Agora percebo, finalmente os meus familiares e isso fez com que nos dessemos muito melhor", diz feliz com a mudança...que passou também por dizer adeus a muitas pessoas que a rodeavam.
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"Não é que no passado eu estivesse rodeada de más companhias, ou erradas. Na altura eram pessoas que me faziam bem, mas agora... acho que já não fazem. Eu hoje rodeio-me de poucas pessoas, dois ou três amigos. Pessoas que me querem bem...e depois da minha família que me ajudou nesta fase. São eles que me ajudam a focar...", diz a jovem que diz que mais que nunca está interessada "em trabalhar" nas suas criações que hoje passam "por uma linha de sapatos e quadros pintados por mim"
Marie garante que o processo não foi feito só "com a ajuda da família", que ela garante que foram "as pessoas mais importantes nesta mudança" mas também "de um psicólogo que visitei algumas vezes". Agora que está mais em "contacto comigo mesma" Marie hoje tem noção que passou, durante "mais de 15 anos" por depressões sucessivas que hoje finalmente percebe "e que me ajudaram a chegar a esta sobriedade. Foi de ter estado tanto tempo em contacto com a tristeza que arranjei forças para hoje estar bem", assegura.
E garante que se no passado isto a fez afastar os pais, com quem teve várias zangas "hoje preciso falar com os meus pais, estar com eles regularmente, algo que antes achava que não precisava. Queria mas não conseguia. Hoje consigo".
