
Há um novo desenvolvimento no caso que está a emocionar o país. O Centro Hospitalar Universitário São João, no Porto, garantiu esta tarde que já não vai destruir a amostra de esperma de Hugo Ferreira, que morreu antes de realizar o sonho de ser pai com Ângela Ferreira.
A mulher tenta agora ser inseminada com a amostra deixada por Hugo, mas a lei não permite. O caso foi revelado pela TVI e está a gerar uma onda de apoio em Portugal.
"Pela presente vimos informá-la da nossa posição, de que demos já notícia a sua Exa o senhor secretário de Estado da Saúde, a qual é a de conservar o material biológico em causa, não exercendo a faculdade legal de proceder à respetiva destruição"
Ângela foi surpreendida mas garante que está "imensamente feliz e aliviada".
Ângela Ferreira, de 32 anos, tenta ter um filho do marido que morreu aos 29 anos de cancro, no dia 25 de março de 2019, mas que deixou uma amostra de esperma para que ela tivesse um filho se ele não vencesse o cancro, o que não aconteceu.
"O Hugo [marido] fez a preservação do sémen antes dos tratamentos porque queria ser pai. Não autorizou a doação para o banco público, fez preservação apenas para uso pessoal", disse à Lusa.
"O problema é que só tenho até dia 25 de março para fazer o procedimento em Espanha, porque faz nesse dia um ano que o Hugo morreu", explicou. Garante que agora, apesar da luta contra o tempo, está mais "esperançosa".