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Drama

O apelo por Graças Freitas que chora a morte do marido: "Teremos de ser nós agora a ampará-la"

A ex-diretora Geral de Saúde ficou viúva há pouco mais de duas semanas. Perdeu o companheiro de uma vida, o seu grande pilar.
Por FLASH! | 28 de outubro de 2025 às 10:39
O apelo por Graças Freitas que chora a morte do marido: "Teremos de ser nós agora a ampará-la"
Graça Freitas
diretora-geral de Saúde, Graça Freitas
"Não há motivo para alarme, mas temos que estar atentos e alerta” diz Graça Freitas sobre variante Ómicron
Graça Freitas
graça freitas
 Graça Freitas
 Graça Freitas
Graça Freitas
diretora-geral de Saúde, Graça Freitas
"Não há motivo para alarme, mas temos que estar atentos e alerta” diz Graça Freitas sobre variante Ómicron
Graça Freitas
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 Graça Freitas
 Graça Freitas

Carlos Costa, professor da Escola Nacional de Saúde Pública e marido da antiga diretora-geral da Saúde morreu na manhã do passado dia 14 após sofrer um ataque cardíaco fulminante. Um duro golpe para Graça Freitas que perdeu o companheiro de uma vida, a sua âncora.

O escritor Luís Osório escreveu sobre a mulher que se tornou presença assídua em casa dos portugueses durante o difícil período da pandemia. Numa das suas crónicas para a Antena 1, 'Postal do Dia', o também jornalista começou por dizer que é amigo da antiga diretora-geral da Saúde: "Sou amigo de Graça Freitas, mas não conheci o seu marido, só pelo telefone… pelo telefone da ex-diretora Geral de Saúde."

E continua: "Estávamos a almoçar num restaurante chinês, perto de sua casa, quando Carlos lhe pediu qualquer coisa, talvez uma massa de arroz ou o jornal de que se esquecera de comprar. Ou nem uma coisa ou outra, estou apenas a gastar conversa", esclareceu Osório para acrescentar: "O que senti, e confessei-lho quando desligou a chamada, foi espanto, uma inveja boa por falarem um com o outro, depois de tantos anos de casamento, com tanto carinho, tanto humor, tanto cuidado."

Luís Osório não tem dúvidas: "O país deve muito a Graça Freitas." E prossegue: "Esteve connosco todos os dias num das épocas mais complexas das nossas vidas, todos os dias sem falhar um único, apesar de doente, apesar de muitas vezes quase não se conseguir mexer, apesar até do estado de saúde da mãe, Graça Freitas nunca falhou. Deu sempre a cara. Assumiu sempre os erros. Deixou sempre a ministra [Marta Temido] brilhar nas vitórias."

O escritor fala de seguida do casamento de Graças Freitas e de Carlos Costa: "Mas em casa, o marido amparava-a. Era a âncora. O seu primeiro conselheiro. Houve dias de apagão. Somavam-se mortes atrás de mortes, em Portugal e no mundo. E Graça contou sempre com o Carlos, sem ele talvez não fosse possível. Mas ele não era apenas o marido de Graça Freitas. Só o sublinho por ser irónico que, após tantas tempestades e sacrifícios, Carlos tenha morrido com um ataque cardíaco fulminante. O seu coração falhou e nós nunca imaginamos que o coração de um homem assim possa falhar. Não era apenas o marido, escrevi há segundos. Carlos Costa foi uma espécie de guru entre os administradores hospitalares. Um professor de referência na Universidade Nova. Foi ele a criar a avaliação de desempenho dos hospitais através de um ranking que conseguiu trazer alguma racionalidade e orientação para que a perda de dinheiro com o SNS não fosse ainda mais dramática."

E termina com uma espécie de apelo: "O coração do Carlos parou de repente. Sem aviso. E Graça Freitas morreu também um bocadinho. Teremos de ser nós agora a ampará-la. A agradecer-lhe. A oferecer-lhe rede e afeto. E a dizer-lhe o que ela sabe tão melhor do que nós – que quando a morte leva alguém que se cumpriu, está tudo bem."

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