
Aos 32 anos de idade, Francisco Maria Pereira, que adolescentes e crescidos conhecem pelo petit nom Kasha, assume-se como "uma pessoa preguiçosa". Numa conversa ao jantar com Bruno de Carvalho, o cantor dos D.A.M.A, que no verão passado acabou um namoro de três anos com Bárbara Bandeira, de 20, explicou uma das razões para entrar na casa mais vigiada de Portugal, a do 'Big Brother': "Sou bué preguiçoso. Sou aquele workaholic preguiçoso e não sou muito meu amigo. Culpo-me mais do que sou meu amigo. Vim para aqui para melhorar. Para fazer um detox total."
Primogénito de Anabela Berardo Matias e do conhecido médico ortopedista António Cartucho, Kasha, que vivia em Santos com a mãe, já contou publicamente que os pais pagavam 700 euros todos os meses para ele frequentar o Colégio São João de Brito, no Lumiar, em Lisboa, e que boas notas não eram o seu forte. "Não fui bom aluno. Era calão e um bocado preguiçoso. Mas estive no quadro de honra da disciplina de Cultura Religiosa", orgulha-se.
Foi nesta escola de elite que Francisco ganhou o nome que hoje é a sua imagem de marca, pelo qual é reconhecido pelos adolescentes e jovens que seguem os D.A.M.A e cuja origem poucos conhecem. "Há várias teorias sobre a origem do meu petit nom, até porque eu em criança era caixa de óculos, mas havia um vigilante no colégio que se metia comigo e sabia que um dos meus apelidos é Cartucho e chamava-me ‘Cáchucho Fino’. E daí ficou Kasha. Mas o professor de Educação Física chamava-me ‘Cascas’ e ‘Caixa’", conta.
Kasha também não esconde de ninguém que foi aos 14 anos que, num verão, passou de sapo a cisne e se tornou um sucesso com o mulherio. Miguel Coimbra, seu colega da primária, conta como tudo aconteceu: "Ele era um gordinho com óculos e, depois de um verão, apareceu magro e a correr rápido nas aulas de Educação Física. Tornou-se tão popular que toda a gente queria ser amiga dele", em especial a gente do público feminino.
AS NAMORADAS, OS BEIJINHOS E A FRANJA
E é também em matéria de amores que Kasha não se faz rogado a desfiar a lista de conquistas: Mafalda, a primeira, Mariana a segunda, e Leonor, a paixão assolapada, antes de Bárbara Bandeira, a última. "Foi aos 14 anos que me comecei a soltar. Em Sesimbra, dei os meus primeiros beijinhos na boca e fazia sucesso com uma franja loira em cima do olho", brinca.
Os anos passaram e, já adulto, as responsabilidades apertaram. Kasha andou perdido e os pais começaram a ficar preocupados. "O pré-momento de tudo acontecer foi o pior da minha vida. Foi horrível", assume, contando pormenores: "Tinha deixado o trabalho num escritório de advocacia. Fiz um curso de apresentador de televisão que deu em nada. Estava em casa. Acordava tarde. A minha mãe perguntava-me se eu não fazia nada. Estava-me a sentir um inútil."
Na fase em que a banda esperou meses a fio até que o primeiro CD e também primeiro sucesso fosse publicado, foi preguiçoso: "Ia para o café, saía à noite e dormia até tarde. E só."
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