Diogo Infante revelou que Teresa Guilherme teve uma forte influência na sua decisão de ir conhecer o pai, quando tinha 34 anos.
Em conversa com Júlia Pinheiro esta quinta-feira, 7, o ator contou que é fruto de amor de verão e viveu sempre com a mãe e a avó materna.
"Na altura, talvez poucos anos antes de conhecer o meu pai, falei com a Teresa Guilherme. Contei-lhe. Trabalhamos juntos e eu contei a história. E ela disse: 'tens a oportunidade única de viver uma coisa que a maior parte das pessoas não pode. Tens a possibilidade de conhecer um pai. Não percas isso'", revelou o ator de 55 anos. "E depois, quando finalmente o conheci, liguei-lhe. De facto, correu muito bem. Acho que ela ficou feliz por mim".
Diogo coloca de lado qualquer história falta da figura paterna. "Nunca foi um trauma", disse. "Cresci sem pai e sem o conhecer. A minha mãe contou-me o que sabia, o que se lembrava. Foi um caso amoroso de verão que deu nisto. Ele é inglês, tinha 19 anos, voltou para a terra dele e a minha mãe, que era mais velha, na altura tinha 26, decidiu assumir este filho", revelou.
A mãe "queria muito. Ela tinha tido uma filha que perdeu, bebé ainda, e portanto a minha mãe tinha a mágoa de não ter um filho. E quando isto aconteceu, já muito emancipada na altura, muito à frente do seu tempo, ela disse 'assumo esta criança'. Só aos 34 anos é que decidi que estava na altura de ir conhecê-lo. Primeiro fui à procura dele, isto é como novela, a sério, lá o encontrei através de vários contatos".
Diogo acabou por ter uma história feliz. "Ele é muito simpático. Quando o abordei, ele ficou surpreendido por um lado mas não tanto como eu estaria à espera, porque ele sabia, nunca fez nada por isso, mas a verdade é que me recebeu de braços abertos, ele e a família dele. Tudo aquilo foi um processo feliz", recordou.
O ator tem um irmão do lado pai e sobrinhos. "Não somos chegados mas fui ao casamento dele, conheci primos, conheci tias, conheci a minha avó paterna, que entretanto já faleceu". Conhecer a família, disse, "preencheu lacunas, preencheu vazios". "Não apaziguou porque eu não estava zangado, não fui cobrar nada".
"Ele disse 'se calhar não posso ser um pai, mas se calhar posso ser o teu amigo'. Hoje somos amigos, falamos todos os meses, ele vive no Algarve, e hoje sou mais pai dele do que ele meu", completou.
