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Sofrimento

O pesadelo de Sérgio Conceição: pai morreu de acidente de moto e a mãe viveu últimos dias paralisada numa cadeira de rodas

O treinador do FC Porto reconhece que não teve muito mimo dos pais durante a infância e que era "difícil ter 3 refeições por dia" e que ainda hoje tem "um lado negro".
19 de setembro de 2020 às 11:34
Sérgio Conceição, FCP
Sérgio Conceição, FCP
Sérgio Conceição, FCP
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Sérgio Conceição, FCP
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Sérgio Conceição, FCP
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Sérgio Conceição, FCP

Sérgio Conceição assume que tem "um lado negro" dentro dele e que nunca vai conseguir sair dele. O treinador do FC Porto voltou a falar do maior pesadelo que viveu aos 16 anos... e que ainda o atormenta: a perda dos pais, que apesar de nunca lhe terem dado muito mimo e das muitas dificuldades com que viviam, nunca foram esquecidos pelo antigo craque.

"Não havia mimo. Os meus pais... principalmente o meu pai, era duro, rígido, dificilmente dizia a uma filho que gostava dele", revela Sérgio, em entrevista ao 'Expresso'. "Hoje digo muito aos meus filhos que os amo, mas era difícil o meu pai dizer isso a um dos 8 filhos. Mas vivi muito tempo sozinho com eles, porque os mais velhos foram casando e saindo, e a minha irmã, mais nova, face às dificuldades, foi viver com os meus avós".

"O meu pai morreu num acidente de moto. Eu estava num dos cafés da aldeia e foram-me chamar: quando cheguei, vi-o no chão, tiraram-me dali para fora. Mais tarde, soube que não tinha resistido ao acidente. O mais incrível é que eu e a minha família tínhamos estado a tentar dar-lhe a volta durante meses para me deixar ir para o FC Porto, porque ele não queria. Até que se deixou convencer e foi comigo assinar o contrato - no dia seguinte morreu. Foi terrível, para mim e para todos. A minha mãe estava numa cadeira de rodas paralisada de um dos lados, e faleceu dois anos depois", recordou.

"Sou feliz muitas vezes, pelos títulos de jogador e treinador que conquistei, mas sinto que nunca estou feliz a cem por cento. Tenho um lado negro dentro de mim e vou acabar assim, isto jamais vai sair daqui de dentro", assegura.

Um lado negro que, assume, se deve em parte à vida difícil que teve na infância: "Eu vi o sofrimento que eles passaram, a forma como trabalhavam para nos dar o mínimo. Eles não viviam, sobreviviam com muito sacrifício. A minha mãe estava em casa, o meu pai trabalhava nas obras, dia e noite, e eu ajudava-o nas férias", relata, nesta entrevista ao semanário. 

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