
A mãe a avó foram as duas pessoas mais importantes da sua vida uma vez que Diogo Infante cresceu sem pai. Sem um pai presente e, sem saber sequer, quem era o homem que lhe deu o ser. Conheceu-o já era um homem feito. Tinha 34 anos quando esteve pela primeira vez frente a frente com, Jonathan, um inglês que vivia em Inglaterra e que tinha passado pelo Algarve há mais de três décadas atrás.
Em conversa com Tânia Ribas de Oliveira, no programa 'A Nossa Tarde', da RTP 1, o ator recordou o primeiro encontro: "Depois de ter o número de telefone do meu pai fui a Londres, liguei-lhe e disse-lhe, ‘gostava de falar consigo, podemos ir tomar um copo?’. E ele disse ‘qual é o assunto?’, eu respondi ‘não é um assunto que se deva falar ao telefone, sou filho de uma amiga sua de há muitos anos do Algarve’. Ele sabia", começou por dizer.
E continuou: "Foi incrível, encontrámo-nos num pub e eu entrei logo a matar e disse ‘obrigado por estar aqui, quero que saiba que eu não quero nada, não espero nada, quero satisfazer a minha curiosidade. E a razão pela qual eu estou aqui é porque acho que é meu pai’. Ele ficou a olhar para mim, sorriu e disse ‘pois, a ideia já me tinha passado pela cabeça’", recordou o ator.
Diogo Infante garantiu que o pai sabia da sua existência: "Ele sabia que eu existia e optou, porque era muito novo, por não fazer nada. A minha mãe quis-me e disse para ele ir à vida dele, ele andava na escola", explicou para revelar ainda:"Somos amigos, ele vive em Portugal e falamos regularmente. Eu não ganhei um pai, é uma coisa diferente, eu ganhei um amigo. É o meu progenitor, alguém que conheço. Ele não esteve na primeira metade da minha vida, mas pode estar na segunda."