
José Castelo Branco recordou as dificuldades e agressões psicológicas que sofreu ao longo dos anos por gostar de vestir-se como mulher. Quando foi pai de Guilherme, o socialite temeu que o filho passasse pelo mesmo.
"Eu tinha medo que você passasse o que eu passei. E o meu alívio foi tão grande quando senti que você começou a namorar e que era dentro do conceito tradicional", afirmou Castelo Branco numa entrevista com o filho emitida no programa de Júlia Pinheiro, esta segunda-feira, 8.
"Acabei em alguns situações por passar à mesma", reagiu Guilherme, que sofreu bullying na adolescência, altura em que o pai já posava para capas de revistas vestido de mulher. "Se o pai era a pessoa que era, como é que eu não iria passar também por certas situações?", afirmou.
"E como é que você encarou isso?", questionou Castelo Branco. A resposta foi mais positiva do que pensava.
"Bem, acho que a vida foi me ensinando a lidar com as situações. E o facto de o pai ser quem é, e a falta de medo para ser quem é, ajudou-me a perceber que temos de ser assim, não temos de ter medo por ser quem somos, e acima de tudo respeitar os outros por serem quem são. Obviamente, dentro dos limites de as pessoas não fazerem mal umas às outras. Mas, se não fizermos mal a ninguém, acho que temos que nos aceitar e respeitar ao outro", respondeu Guilherme.
Castelo Branco casou-se duas vezes com mulheres, com a mãe de Guilherme, Maria Arlene, e depois com a milionária Betty Grafstein, com quem já tem uma união de 28 anos. Nos dois casamentos, Castelo Branco mostrou-se feliz por as companheiras respeitarem o seu desejo de vestir-se de mulher.