
Os 20 milhões exigidos pela SIC à apresentadora por quebra de contrato têm por base tudo o que Cristina Ferreira levou para casa em apenas ano e meio. Não será fácil rebater tudo isto em tribunal.
Quando foi contratada pela estação de Francisco Pinto Balsemão, ficou acordado entre as partes que a apresentadora iria auferir 960 mil euros por ano, ou seja, 80 mil euros por mês para apresentar 'O Programa da Cristina'. Estava também estipulado no contrato que recebia mais 8 mil euros por cada programa extra de 90 minutos.
Estavam ainda contemplados outros rendimentos extra "provenientes das campanhas, patrocínios e/ou publicidade que incluíssem a participação, imagem, voz e/ou nome de Cristina Ferreira, referentes ao programa ou quaisquer outros programas de televisão para a SIC ou para o grupo", lê-se no processo a que a revista 'TV 7 Dias' teve acesso.
No contrato com a SIC, a apresentadora também auferia 500 euros pelos microespaços publicitários no programa. Esta quantia passava a 750 euros (portanto, mais 250 euros) "sempre que o programa da manhã fosse confirmado como líder no seu horário". É público que dos 393 dias, Cristina Ferreira só não conseguiu a liderança em apenas dois dias.
Mais tarde, SIC e apresentadora acrescentaram uma adenda ao contrato em que ficou definido que ela teria uma contrapartida pelas chamadas de valor acrescentado efetuadas durante os seus programas. Isto significa que Cristina ganhava também pelo número de chamadas telefónicas que eram feitas.
Contas feitas, em 18 meses de trabalho, a apresentadora que se mudou em julho para a TVI, recebeu 2 milhões e 204 mil euros, sendo que a este valor falta ainda somar o montante das chamadas de valor acrescentado . Mas não se fica por aqui.
A estes mais de dois milhões de euros, ainda se soma o que Cristina Frereira recebia pelo cargo de consultora executiva (7232,14 euros brutos), isenção de horário (1339,29 euros) e subsídio de alimentação (6,23 euros por dia).