
No ano em que celebra 50 anos de carreira, Herman José, desdobra-se em entrevistas. A mais recente foi à revista 'Sábado' em que assume mágoas e desgostos, mas também revela a razão pela qual ficou em Portugal quando em cima da mesa tinha um convite para fazer carreira na Alemanha, país do seu pai, Hermann Ludwig Krippahl.
Assume que um dos seus sonhos quando começou a trabalhar no mundo artístico era conseguir ir para os Estados Unidos: "Tive três hipóteses para sair. A primeira seria esse sonho de fugir para os Estados Unidos. A segunda envolve o António da Cunha Telles, produtor de cinema, que começou a contratar-me para pequenos papéis humorísticos nas produções que se faziam cá", começou por contar o artista à 'Sábado'.
Continua a desenrolar o novelo das recordações: "Às tantas, um dos pequenos papéis ficou maior e fiz um papel para a televisão alemã, que foi um êxito, e fui convidado para ir para lá porque não havia atores do meu género. Isto por volta de 1986 ou 1987."
E é aí que revela a razão que o reteve e o fez não aceitar o convite para trabalhar na Alemanha: "Nessa altura já tinha o meu pouso em Azeitão, tinha acabado de construir uma piscina, que era uma coisa impensável, só o Marco Paulo e o José Cid é que tinham, e a Amália, no Alentejo". Depois pormenoriza: "Estava a ter sucesso, tinha feito o 'Hermanias' e não me apetecia cortar aquela dinâmica com uma ida abrupta para a Alemanha", assume Herman José.