
A polémica entrevista de Carlos Queiroz ao jornal 'Público', em que atira para todo lado acusando a imprensa portuguesa, os jogadores da Seleção Nacional e em especial Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma, não passou despercebida ao internacional português que marcou o golo e tirou o Irão do Mundial 2018.
Quaresma respondeu à letra ao seu antigo treinador na Seleção Nacional com uma nota no Instagram.
"Estou habituado a sofrer preconceito ao longo da vida, talvez isso me tenha feito mais forte, talvez isso me tenha feito um ser humano melhor. A minha resposta a esse preconceito sempre foi trabalhar mais, lutar mais, para chegar onde sempre sonhei chegar", começa o jogador de etnia cigana.
"Sei de onde vim, o que passei para aqui chegar e para onde quero ir e não quero ir sozinho, quero ir com a equipa toda, ser um entre todos. Amigos, se é verdade o que o povo diz que se deve ter sempre um olho no burro e outro no cigano também é verdade que vozes de burro não chegam ao céu", continua Quaresma no texto.
E para acabar com a polémica diz apenas: "Agora vamos lá jogar, apoiar a Seleção, concentrados para ganhar ao Uruguai".
Após o jogo Portugal X Irão na última segunda-feira, 25, Quaresma confessou aos jornalistas que as zangas no campo com os iranianos irritaram-no. "Mas irritou-me mais o treinador. Acho que ele, como português, devia respeitar mais os portugueses; mas pronto, isso é conversa para outros dias", disse o jogador sobre Queiroz.
O treinador do Irão também não ficou calado. "Se todos os treinadores que [Quaresma] teve falassem dele ficariam alguns anos a falar. Todos, desde o Sporting ao FC Porto".
"Se tiver de dizer alguma coisa sobre mim, que tenha coragem e diga agora. Dizer que eu não respeitei os jogadores portugueses… Como é que eu não os respeitei? Mesmo assim fiquei feliz por três jogadores portugueses me terem cumprimentado no final, o Adrien, o Bruno Alves e o Beto", disse Queiroz ao 'Público.