
Durante a sua infância, em Angola, Liliana Campos, de 52 anos de idade, garante que "não faltava nada". Mas os pais estavam longe de sonhar com o pesadelo que iriam enfrentar mais tarde, a seguir ao 25 de Abril de 1974.
Após a independência das colónias portuguesas em África, a família fez as malas e veio para Portugal, sem nada. "Os carros e os bens foram roubados na alfândega", contou a apresentadora do 'Passadeira Vermelha' (SIC), então com 3 anos, no podcast 'N’A Caravana'.
Desde aí, as recordações que guarda não são as melhores: a comida era racionada e os bens remediados consoantes as ocasiões. "Detestava sopa de grão, e era algo que nos davam muito. Se não comesse aquilo, não tinha mais nada", recordou Liliana: "Não tinha brinquedos, uma mochila para levar os livros para a escola, levava-a num saco de plástico. E levava os lápis noutro saco."
Num momento de fragilidade, o sonho da apresentadora era ter um simples estojo para guardar o seu material escolar. "Era o que queria. A irmã de uma amiga fez-me um de ganga. Eu adormecia a olhar para o estojo, era um presente maravilhoso. Já tive a oportunidade de lhe dizer o quão foi importante para mim."
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