
O músico Júlio Costa morreu esta sexta-feira, 12, aos 85 anos, cinco dias depois do seu irmão Carlos, de 80. Os dois eram fundadores do Trio Odemira, que contava mais de 60 anos de carreira, com músicas no seu currículo como 'Anel de Noivado', 'Ana Maria' ou 'Guantanamera'.
O fim do grupo deixa um vazio na cultura nacional. "A música popular portuguesa deve muito a Júlio Costa e ao trabalho conjunto do Trio Odemira, exemplo maior de uma conjugação entre o cancioneiro português e a expressão maior da música popular das mais diversas culturas e origens", disse a ministra Graça Fonseca, em comunicado. A parceria entre Júlio e Carlos Costa resultou "numa das colaborações mais emblemáticas e produtivas da música popular portuguesa" e levou "em particular as sonoridades do Alentejo" a percorrer o País e o estrangeiro, acrescentou a ministra da Cultura.
Nas redes sociais, multiplicam-se as mensagens de homenagem aos artistas. "Por muito que o destino seja irónico há momentos que são insuportáveis. Cinco dias após partir o Carlos, foi a vez do Julio Costa, do Trio Odemira, morrer. As virtudes que apontei há menos de uma semana encaixam na perfeição neste querido amigo. Obrigado pelo tanto que nos deixaste. Descansa em paz.", escreveu Jorge Gabriel."Este mês, desapareceram dois irmãos encantadores, o Júlio e o Carlos Costa, que durante muitos anos alimentaram o sucesso do dito e muito histórico trio. Ficam como legado a sua discografia, e sobretudo a memória do encantamento que sentiram todos aqueles que, como eu, tiveram o privilégio de se cruzar com o profissionalismo e a cordialidade destes dois homens de bem", afirmou Herman José. "O Carlos partiu na semana passada, dia 11, aos 80 anos. Apenas cinco dias depois, partiu o irmão Júlio, aos 85. Fica o meu abraço para o Mingo [Rangel] e a certeza de que saberei sempre ouvir Trio Odemira com o coração enternecido de saudade. Nunca os esquecerei. Que descansem em paz.", disse Tânia Ribas de Oliveira.
"O Carlos partiu na semana passada, dia 11, aos 80 anos. Apenas cinco dias depois, partiu o irmão Júlio, aos 85. Fica o meu abraço para o Mingo [Rangel] e a certeza de que saberei sempre ouvir Trio Odemira com o coração enternecido de saudade. Nunca os esquecerei. Que descansem em paz.", disse Tânia Ribas de Oliveira.
Não são conhecidas as causas de nenhuma das duas mortes.
Veja uma atuação do grupo no programa 'Portugal no Coração', da RTP1.