Foi há precisamente um ano, no dia 24 de outubro, que Marco Paulo morreu, aos 79, após uma dolorosa batalha contra o cancro. Após a tristeza da perda, surgia, há um ano, porém, uma questão que ainda não conheceu qualquer solução. A herança do artista não seria, afinal, a dividir por dois - o compadre António Coelho e o afilhado Marquinho - mas por três, com o bombeiro Eduardo Ferreira a surgir na equação.
Soube-se, ao longo dos meses seguintes, que Braga, de onde o bombeiro é natural, era o refúgio de Marco Paulo nos últimos tempos de vida, tendo construído com Dudu uma amizade à prova de tudo, razão pela qual lhe destinou 10% da sua herança em testamento.
No entanto, a última vontade de Marco Paulo ainda não foi cumprida com as partes a não se entenderem.
A questão, no último ano, passou a ser: a que 10% Dudu teria direito? Ou melhor, do que se falava: dinheiro nas contas bancárias do cantor – nas quais António Coelho é autorizado, ou não fosse ele que tratava das finanças de Marco – o que incluía todas as despesas com saúde e com os tratamentos a que este foi submetido nos últimos anos – e património. Por este último entenda-se o que "sobra" após muita especulação em torno de apartamentos nos Estados Unidos, por exemplo, que nunca apareceram. A casa de Mem Martins, Sintra – onde Toni continua a viver –, uma em Sesimbra e outra no Algarve, além de um barco (literalmente) "encalhado" constituem o património do cantor. E são 10% deste, bem como das contas praticamente a "zeros" de Marco Paulo, que o bombeiro de Marco reclama.
Nas últimas semanas, ao 'Correio da Manhã' , Eduardo Ferreira ameaçou avançar de vez para tribunal caso as reuniões com os herdeiros continuassem a ser adiadas ou não tivessem os desenvolvimentos desejados – leia-se, a divisão final da herança, que ainda não aconteceu, mas o caso continua sem conhecer avanços...