
Na noite desta quinta-feira, 13, sentiu-se e viveu-se o toureio na sua essência maior. Arte, sentimento e emoção. Foi assim, num espetáculo que colocou frente a frente dois gigantes do toureio mundial: Pablo Hermoso de Mendoza, a cavalo, e José Maria Manzanares, a pé.
Manzanares estreou-se em Lisboa de forma auspiciosa. E que que maneira. Perante uma casa cheia, Manzanares e Pablo fizeram história. Bem conhecido do público de Lisboa, Pablo fez o que faz de melhor: toureou, templou, ladeou na cara do toiro e pisou terrenos impossíveis. Emoções sentidas nas bancadas. O toureio é isto por muito que enfureça os mais puristas e por isso, Pablo tem uma legião de aficionados em Portugal e continua a encher as praças de público.
José Maria Manzanares estreou-se na Monumental de Lisboa com duas faenas de sonho – os segundo e terceiro toiros. Na arena mandou e lidou com mestria. Na cara do toiro, de pés fincados na areia, tudo sucede com elegância, templado, a transbordar sentimento. O público galvanizou-se com a atuação de Manzanares, dando razão ao diretor do Campo Pequeno, Rui Bento Vasquez, pela insistência no toureio a pé e nas corridas mistas.
Manzanares saiu em ombros pela porta grande do Campo Pequeno – levantando polémica por não ter dado as obrigatórias três voltas à praça. Mereceu-o, como teria merecido Pablo Hermoso de Mendoza. Mais que não seja por terem proporcionado uma noite de toiros sublime e inesquecível.