Marcelo Rebelo de Sousa promulgou, há poucos dias, o diploma que estabelece um estatuto jurídico dos animais. Ou seja, em vez de "coisas", reconheceu-lhes "a sua natureza de seres vivos dotados de sensibilidade". Por exemplo, em caso de divórcio, a guarda dos bichos também terá de ser regulada, de acordo com o seu bem-estar. Tal como acontece com as crianças.
Estatuto mais do que merecido. Afinal de contas, os cães são mesmo os melhores amigos do homem. São companheiros, brincalhões, afetuosos, dependentes, fiéis. E eles gostam tanto de nós como nós deles.
O que não faltam, também, são provas científicas de que ter um animal de estimação faz bem à saúde, mental e física. Ajuda a reduzir o stress, por exemplo, melhoram o nosso humor e afastam a depressão, ajudam as crianças e reduzem as alergias.
E como se isso não bastasse, o seu amigo de quatro patas também conseguem perceber o que diz e a forma como diz, segundo um estudo da Universidade Eotvos Loránd University em Budapeste, na Hungria.
Os cães conseguem processar a linguagem e a entoação e até as combinam para interpretar melhor o que o dono diz.
Os investigadores usaram ressonância magnética funcional para descobrir como os cães processavam a linguagem e a entoação. Os dados revelaram que estes bichos realmente processam o vocabulário e conseguem reconhecer palavras individuais usando o hemisfério esquerdo do cérebro, tal como os seres humanos.
A equipa também monitorizou o centro de recompensa do cérebro e descobriu que os cães responderam melhor às palavras elogiosas ditas com um tom de entusiasmo.
Isto mostra que "os cães não só separam o que dizemos da forma como dizemos, mas que também conseguem combinar os dois para uma interpretação correta do que essas palavras realmente querem dizer".
