
A pintura foi um "sonho de menina" adiado mas nunca esquecido. Maria Graça Campos tem nas telas, nos pincéis e nas tintas as suas grandes paixões que foi obrigada a manter em suspenso.
"Gostava de ter tirado o curso de Belas Artes mas os meus pais acharam que não era a melhor opção. Acabei por licenciar-me em Recursos Humanos", recorda a pintora.
A pintura entrou na vida de Maria Graça Campos - de forma mais assídua - a partir de 1998, quando chegou o tempo de reformar-se da atividade profissional. Autodidata, teve a orientação da professora Amália Ribeiro e do pintor Adão Rodrigues.
Pintar traz-lhe a paz interior que precisa para levar a vida feliz. "Com a pintura consigo abstrair-me do mundo que me rodeia, consigo isolar-me e esqueço tudo o resto. A pintura traz-me uma calma muito grande", descreve.
Os quadros de Maria Graça Campos dividem-se entre o abstrato, naturezas mortas, paisagens e o mar, inspiração que encontra quando se refugia na casa da Praia das Maçãs, à beira do oceano, e que guarda grande parte do espólio, mas é no atelier da casa de Lisboa que produz a maioria da sua obra. "Cheguei a ter 120 quadros", contabiliza.
As obras vão sendo divididas pelos filhos, família e amigos mais próximos. Nunca pensou comercializar as pinturas até que foi sendo incentivada pela professora. Expôs a primeira vez no Hotel Star Inn, em Lisboa.
Agora, Maria Graça Campos tem nova exposição, no Fórum Grandela, na Estrada de Benfica, em Lisboa. 'Cores de Portugal', está aberta ao público até 28 de fevereiro (excepto sábados e domingos).
Oportunidade para ver cerca de 60 quadros da obra de Maria Graça Campos, artista que não esqueceu a primeira paixão - que acumula com os trabalhos em estanho e as viagens -, um talento que permaneceu latente até explodir agora numa celebração da cor e criatividade.