
O homem que matou a tiro Bruno Candé foi condenado a 22 anos e nove meses de prisão. Evaristo Marinho baleou com 6 tiros o ator, que estava sentado num banco de jardim em Moscavide. O crime aconteceu no dia 25 de julho do ano passado, em plena luz do dia. A leitura do acórdão foi lido esta manhã no tribunal de Loures. A juíza deu como provado que o crime foi motivado por ódio racial.
A leitura do acórdão foi lido esta manhã no tribunal de Loures.
A juíza deu como provado que o crime foi motivado por ódio racial.
Segundo o despacho do MP, Evaristo Marinho de 76 anos afirmou durante uma discussão com a vítima: "Vai para a tua terra, preto! Tens toda a família na senzala e devias também lá estar!".
Durante a discussão, na via pública, dias antes do crime, o arguido levantou a bengala em direção ao ator Bruno Candé, ameaçando-o de morte e fazendo referência à cor do cidadão. Depois, continua o MP, quando Bruno Candé entrou num carro, o arguido ainda gritado "tenho lá armas em casa do Ultramar e vou-te matar".
Nos dias seguintes, o arguido passou diversas vezes na mesma rua com uma pistola calibre 7,65 milímetros, esperando voltar a encontrar a vítima, que habitualmente passeava a cadela no local.
O ator deixa 3 filhos órfãos, que vão receber 120 mil euros de indemnização.