Greta Thunberg foi uma das convidadas da ‘Schwarzenegger Climate Initiative’, a cimeira mundial promovida pelo ator e antigo governador da Califórnia e realizada no seu país-natal, a Áustria, no passado dia 1 de junho, que contou também com intervenções de nomes como António Guterres, Angela Merkel, Nicola Sturgeon, John Kerry, entre muitos outros.
Através de videoconferência, a ambientalista sueca, hoje com 18 anos, foi a oradora de um discurso que não deixou os espetadores indiferentes e foi inclusive alvo de admiração do ator português Albano Jerónimo, que partilhou o testemunho de Greta no seu Instagram pessoal, com uma mensagem de agradecimento.
"Amanhã ter-se-ão passado 150 semanas desde que começámos a greve estudantil pelo clima, e durante este tempo, mais e mais pessoas acordaram para a crise climática e ecológica, pressionando aqueles que estão no poder", começou por dizer a jovem holmiense.
O discurso de 7 minutos ficou marcado pelas acusações aos líderes das grandes nações, incluindo passagens como "o G7 está a gastar milhares de milhões em combustíveis fósseis e na infraestrutura adjacente a mais do que o faz em energia renovável", "talvez interpretar o papel de alguém preocupado com a crise climática e dizer coisas só porque estão nos vossos guiões faz-vos dormir durante a noite" "as pessoas jovens neste planeta já não estão a cair nas vossas mentiras", e criticando os alvos "fantasiosos" de quem está no poder.
"Se há algo que a pandemia provou foi que as emergências climáticas e ecológicas nunca foram tratadas como tal" continuou por explicar, indicando que "2021 foi o segundo ano com maior aumento de emissões de gases poluentes." A sueca rematou com um mote forte declarando que "isto pode ser só um jogo para vocês, para ganhar votos, popularidade ou pontos no mercado de ações, podem continuar a fingir, mas a natureza e a física não estão entretidas nem distraídas pelo vosso teatro, o espetáculo acabou", resultando numa chuva de aplausos da plateia presente na Spanische Hofreitschule, em Viena.
